Matías
Ola (30) e Jackie Cobell (60) atravessaram o estreito de São Carlos e uniram as
ilhas de Oeste a Leste. Eles dizem que querem passar uma mensagem de amizade e
harmonia em memória dos caídos na guerra das Malvinas.
O
argentino Matías Ola, de 30 anos, e a inglesa Jackie Cobell, de 60, marcaram um
símbolo de paz que foi além do esporte: eles atravessaram a nado o estreito de
São Carlos e uniram as Ilhas Malvinas. O objetivo foi oferecer "uma
mensagem de amizade e harmonia, em memória dos caídos".
FOTO (Os
dois nadadores levam uma mensagem de paz e reconciliação)
"Nós
conseguimos. Nadamos unindo as duas ilhas em 2 horas 37 minutos. Foram seis
quilômetros, tudo foi extremo. (Houve) um grande trabalho em equipe",
postou Ola em sua conta de Twitter. O esportista, um tucumano que começou a
nadar aos 20 anos em busca de uma cura para a asma, disse que a travessia foi
feita "sem bandeiras políticas e sem limites geográficos". A
proeza começou durou mais de um dia. Foi um nado muito difícil, em águas que
rondavam os oito graus, sem traje de neoprene e com ondas superiores a dois
metros. O Estreito de São Carlos é um lugar simbólico: lá ocorreram os
enfrentamentos entre os navios britânicos e os aviões argentinos durante a
guerra das Malvinas em 1982. Cobell, conhecida por ter nadado no Canal da
Mancha durante quase 29 horas e por ter conseguido o recorde mundial da
esportista que permaneceu mais tempo na água, acompanhou-o braçada a braçada.
Com a conquista já transformada em um abraço que os uniu durante vários
minutos, Cobell agradeceu a Ola "sua bondade, visão, determinação e força
para realizar a proeza", que ela definiu como "uma maravilhosa
experiência simbólica". "Esperamos que o nosso gesto de paz e
boa vontade tenha deixado uma impressão de amor duradouro nos nossos corações e
nos nossos países", disse Cobell. Ela ganhou várias medalhas de ouro em
campeonatos mundiais e foi a primeira inglesa a nadar 1.000 metros a zero grau
centígrado dentro do Círculo Polar, ganhando o primeiro lugar. Ola e Cobell se
conheceram há três anos quando, junto com 60 nadadores de 18 países, eles foram
nadando da Rússia aos Estados Unidos atravessando o estreito de Bering. "Admiro
Jackie Cobell por sua força e por enfrentar tudo. Essa experiência de termos
nos unido pela paz e pela amizade ficará sempre na nossa memória, esperando que
o nosso exemplo mostre as boas ações que todos podem fazer por um mundo
melhor", disse.
Fonte
jornal El Clarin http://www.clarin.com/br/Um-argentino-inglesa-Malvinas-nadando_0_1331866992.html
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