A Basílica
de São Vital (em italiano: Basilica di San Vitale) e o monumento
mais famoso de Ravena, Itália e um dos exemplos mais importantes
de Arte Bizantina (e arquitetura) na Europa ocidental. A
Basílica é uma das oito construções de Ravena consideradas Património
Cultural da Humanidade pela UNESCO. É dedicada a São Vital de
Milão. A Basílica começou a ser construída em 525, sob ordem do bispo
Eclésio, ainda no reinado do ostrogodo Teodorico, o Grande e
foi concluída por Maximiniano em 548, durante o Exarcado de Ravena,
já há sete anos sob domínio bizantino. Não se sabe quem foi o arquiteto da
obra. A igreja tem um plano octogonal. Combina elementos de arquitetura romana (cúpula,
forma dos vãos das portas) com elementos Bizantinos (apse poligonal,
capitais, tijolos estreitos). Contudo, a Basílica é mais famosa por sua riqueza
demosaicos bizantinos, os maiores e mais bem preservados fora de Constantinopla.
A Basílica é de extrema importância para a arte bizantina, visto que é a única
grande igreja do período do Imperador Justiniano que sobreviveu
virtualmente intacta até hoje. A construção foi patrocinada pelo banqueiro
grego Iulianus Argentarius, de quem pouco se sabe, exceto que também tinha
patrocinado a construção da Basílica de São Apolinário em Classe na
mesma época. O imperador bizantino Justiniano deve também ter patrocinado a obra
como propaganda de seu governo, a fim de acelerar a incorporação de
novos territórios ao Império. O banqueiro Iulianus Argentarius é representado
nos mosaicos na corte de dignitários de Justiniano, entre o imperador e o
bispo. As séries de mosaicos representam sacrifícios do Velho Testamento:
a história de Abraão e Melquisedeque, o sacrifício de Isaac,
a história de Moisés, Jeremias e Isaías, representações das
12 tribos de Israel, Abel, Caim e o Cordeiro de Deus.
Há também mosaicos dos quatro Evangelistas, sob seus símbolos e todos
vestidos de branco. Todos os mosaicos foram executados na tradição
Helenística-Romana: vívidos e imaginativos, com ricas cores e uma certa
perspectiva, com vívidas representações da paisagem, plantas e pássaros. Ao pé
da abside estão dos dois mosaicos mais famosos, executados em 548,
com o Imperador Justiniano, vestido em branco e com um halo dourado, ao lado de
sua corte. A semelhança da corte do imperador com Cristo e seus apóstolos marca
a simbologia de que o Império de Roma tinha se transformado no Império teocrático bizantino.
Do outro lado está a Imperatriz Teodora, solene e formal, também com um
halo dourado, jóias e sua corte. Esses mosaicos são praticamente os únicos
exemplos que ainda existem de mosaicos seculares do Império Bizantino.
A
Basílica foi a inspiração para que Filippo Brunelleschi projetasse a
cúpula da Santa Maria del Fiore, em Florença.
No comments:
Post a Comment