Baixo
impacto, melhora na capacidade cardiorrespiratória, pernas definidas e braços
fortes. Os benefícios são os clássicos apontados por especialistas para
recomendar a prática da natação para qualquer pessoa que queira manter uma
rotina saudável. A máxima, porém, pode virar armadilha para quem confia que
está livre de lesões dentro da piscina. “É uma modalidade pouco lesiva, mas
apresenta possíveis riscos quando há treinamento excessivo ou incompatível com
o grau de condicionamento físico de quem pratica”, aponta o fisiologista do
exercício Renato André Silva. Os ombros, nesses casos, são as principais
vítimas de quem dispensa uma rotina moderada e chega ao limite da capacidade
física. “Se essa pessoa nadar com intensidade ou velocidade alta demais, acaba se
machucando e o ombro é o mais sobrecarregado”, destaca o treinador de natação,
André Berezowski. De acordo com o profissional, regular a intensidade e apostar
em técnica e orientação são as melhores formas de colher todos os benefícios da
modalidade. Errar a pernada do nado de peito, por exemplo, que exige que o
atleta mova as pernas com as solas dos pés para fora, é a principal forma de
lesionar os joelhos dentro da piscina. “Como não é um movimento muito natural
do corpo humano, o movimento que o joelho faz pode acarretar alguma lesão”,
alerta Berezowski. Para evitar se machucar, o treinador recomenda um estudo
prévio do corpo. “As lesões também podem ocorrer quando a pessoa já chega com
algum problema de coluna, torcicolo ou um músculo pouco desenvolvido”, aponta. Treinador
de alto rendimento, Hugo Lobo recomenda atenção redobrada antes de começar no
esporte. “Existem pessoas com risco cardíaco que não devem fazer natação. Para
nadar comigo, são necessários vários testes de saúde. Eletrocardiograma, quantidade
de gordura, circunferência abdominal, tudo isso influencia na intensidade de
treinos”, ressalta. De acordo com Lobo, embora o impacto do esporte seja baixo,
qualquer lesão ou doença grave pode ser fatal. “Tive um grande amigo que morreu
nadando. Se alimentou, não deu o tempo necessário para o início da atividade e
não resistiu”, recorda.
Doenças
assustam os nadadores
Além de investir em treinamentos orientados, sair da água ileso – e em forma – envolve outros fatores. De acordo com o professor Hugo Lobo, o nadador deve estar atento à manutenção da piscina onde pretende treinar. “O cloro evapora e, com isso, as mucosas ficam submetidas a ele. Isso pode levar a irritações na boca, nariz e olhos”, enumera. Quando ocorre o contrário e a piscina tem pouco tratamento contra bactérias, os problemas podem envolver inflamações e infecções como otite ou micoses. A situação é agravada quando o treinamento é pesado demais. “Toda atividade, quando muito duradoura ou muito intensa, ajuda a diminuir a imunidade do corpo e, assim, o atleta fica mais suscetível a infecções”, explica o fisiologista do exercício Renato André Silva.
De acordo com o especialista, doenças no trato respiratório superior – narina, boca e traqueia – também são comuns em quem evita o cloro e opta pela atividade em águas abertas. Isso porque o clima frio, combinado à pouca roupa usada na prática também são fatores que comprometem o sistema imunológico. “O problema não está na água em si, mas no ambiente relacionado à prática da natação, quando as pessoas ficam mais expostas”, explica.
Além de investir em treinamentos orientados, sair da água ileso – e em forma – envolve outros fatores. De acordo com o professor Hugo Lobo, o nadador deve estar atento à manutenção da piscina onde pretende treinar. “O cloro evapora e, com isso, as mucosas ficam submetidas a ele. Isso pode levar a irritações na boca, nariz e olhos”, enumera. Quando ocorre o contrário e a piscina tem pouco tratamento contra bactérias, os problemas podem envolver inflamações e infecções como otite ou micoses. A situação é agravada quando o treinamento é pesado demais. “Toda atividade, quando muito duradoura ou muito intensa, ajuda a diminuir a imunidade do corpo e, assim, o atleta fica mais suscetível a infecções”, explica o fisiologista do exercício Renato André Silva.
De acordo com o especialista, doenças no trato respiratório superior – narina, boca e traqueia – também são comuns em quem evita o cloro e opta pela atividade em águas abertas. Isso porque o clima frio, combinado à pouca roupa usada na prática também são fatores que comprometem o sistema imunológico. “O problema não está na água em si, mas no ambiente relacionado à prática da natação, quando as pessoas ficam mais expostas”, explica.
Thaís
Cunha - Correio Braziliense
Foto Beatriz Burlamaque
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