O ano
de 2013 para as águas abertas do Brasil foi incrível. No Campeonato Mundial de
Barcelona foram cinco medalhas, incluindo o título mundial de Poliana Okimoto
nos 10 km e o título de campeão geral entre nações. Na Copa do Mundo de 10 km,
Ana Marcela Cunha e Allan do Carmo disputaram o título até o final e terminaram
a temporada na terceira colocação geral em suas categorias. E para fechar com
chave de ouro, Poliana foi eleita a melhor atleta de maratonas aquáticas pela
Federação Internacional de Natação (Fina) e melhor atleta olímpica do esporte
brasileiro pelo Comitê Olímpico Brasileiro (COB). Se 2013 foi um ótimo ano,
2014 começou muito bem também. Na Copa de Mundo de águas abertas, Poliana
Okimoto e Ana Marcela Cunha subiram ao pódio nas duas primeiras etapas da
temporada (Viedma e Cancun) e lideram o ranking do circuito com 38 e 34 pontos
respectivamente. No masculino, o jovem Diego Villarinho terminou a etapa de
Cancun na terceira posição e conquistou seu primeiro pódio em competições
organizadas pela Fina. Embalado por todo esse sucesso, a Confederação
Brasileira de Desportos Aquáticos (CBDA) resolveu apresentar uma novidade para
o Troféu Maria Lenk, o principal campeonato nacional em piscina que tem início
daqui a pouco mais de uma semana na cidade de São Paulo. A entidade irá
realizar na raia da USP uma prova de 5 km antes da etapa final da competição em
piscina. Será um evento teste, que não valerá pontos aos clubes na contagem
geral do Troféu Maria Lenk e terá como grande objetivo incentivar e promover a
natação de fundo do Brasil. Por diversas vezes técnicos de águas abertas já
haviam manifestado interesse de realizar uma prova de maratona aquática em
conjunto com o nacional de piscina. Para eles, uma travessia seria importante
para dar mais destaque e atrair atletas as provas de fundo, além de valorizar
os clubes que poderiam conquistar pontos extras. Com a proximidade dos Jogos
Olímpicos do Rio, a ideia também agradou ao COB e esse a CBDA resolveu fazer este
evento teste, que deve ser adicionado de maneira oficial para o calendário de
2015. Trata-se de uma boa iniciativa atrair mais interesse e atenção a natação
de fundo do Brasil. Com o sucesso alcançado pelas recentes conquistas do país
nas águas abertas, o momento para divulgação da modalidade é agora. E com o
provável fato de as equipes poderem somar pontos a partir do ano que vem, mais
clubes investirão em nadadores de fundo visando bonificações. E isso ajudará
também as futuras gerações, fazendo com que o Brasil permaneça por muito tempo
no topo mundial das águas abertas.
Por
Guilherme Freitas
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Vista
aérea da Raia da USP – Foto: Reprodução
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