Monday, August 3, 2015

PRATA DE NICHOLAS SANTOS É A 26ª MEDALHA DO BRASIL EM MUNDIAIS


Foto: CBDA/Divulgação03/08/2015 14:19:48
Kazan/RUS – Nicholas Santos bateu na trave no Campeonato Mundial de Barcelona, em 2013, mas na tarde desta segunda-feira, 3/08, a medalha saiu. Com 23s09 ele ganhou a prata dos 50m borboleta atrás apenas do francês Florent Manaudou, 22s97, e na frente do húngaro Laszlo Cseh e do polonês Konrard Czernizk, empatados no bronze com 23s18. Este é o terceiro Mundial consecutivo em que o Brasil sobe ao pódio na prova – Cesar Cielo venceu em 2011 e 2013 – e é a 26ª medalha do país na história da competição (ver lista no final do texto).
- Fico feliz com a primeira medalha para o país. Fiz o meu ritual de sempre, deixei pra raspar no final, botei bermuda nova, não respirei e quando eu dei a última braçada eu vi que o Manaudou estava na frente. O cara é muito alto, parece um “avatar” – brincou – mas eu entrei muito sereno na prova. Estava muito consciente de tudo o que eu queria fazer. Estava no meu mundo, olhando só pra minha raia e bem tranquilo. O que eu faço diferente para me manter competitivo é alimentação. Fico me desafiando o tempo todo para aguentar o treino com a garotada mais jovem. Tento vencer os meus próprios resultados. Não fico tentando bater o Cesar ou o Manaudou. Isso é consequência de outras coisas – explicou Nicholas, que tem 35 anos.
Ele contou também que já está mudando a estratégia para chegar em 2016.
- Agora comecei a nadar os 100m borboleta. É uma prova em que eu nunca nadei. Já fiz 52s8. Se eu fizer 52s e baixo acho que já dá pra disputar vaga na Olimpíada. Tanto que toda a base de trabalho que fiz pra cá foi para os 100m. Comecei nos 50m (livre). Veio o Cesar e começou a nadar bem, veio o Bruno e aí eu fui para outra prova, os 100m (livre),  e agora meu objetivo é os 100m borboleta, que estou achando muito mais fácil nadar. A gente vai ganhando idade e vai dando uma “sambada” pra se manter no topo.  Acho que a prova principal que precisa melhorar pro revezamento 4x100m medley ser realmente competitivo é o borboleta. Sem dúvida nenhuma temos que nadar pra 51 segundos. As outras provas são boas. Gostaria muito que o Cesar voltasse a nadar os 100m para motivar o grupo. Ele é um cara que todo mundo sabe que precisa dele no revezamento pois ele vai pra cima. Guido está nadando bem, no peito temos uma galera boa. Temos um ano pra planejar isso – disse.


Cesar Cielo terminou em sexto lugar, com 23s21. Ele não vinha se sentindo bem desde as eliminatórias, com dores em função de uma inflamação no ombro, no tendão supra espinhoso.
- Eu não tinha nada a perder. Essa hora aqui é quando a cabeça tem que estar tranquila e deixar a competição acontecer e saber tirar as performances. Ganhando ou perdendo os  50m livre estão lá me esperando. Independente do que aconteceu. Gostaria de estar em uma outra situação aqui, mas não é a primeira vez que isso acontece comigo.  Já passei por situações como essa. No próprio Mundial de Doha, quando eu nadei mal os 50m livre e consegui me levantar para os 100m, então é um dia de cada vez. A competição não acabou ainda e o importante é continuar a fazer o melhor. Se o melhor não for o “melhor” pelo menos eu saio com a tranquilidade de que era isso que eu tinha mesmo. O Nicholas nadou bem e mereceu o resultado – declarou, Cesar.


Na briga!
Etiene Medeiros por muito pouco não foi à final dos 100m costas. Na semifinal ela marcou 59s97 e ficou com a nona posição. Apesar de não disputar a decisão, ela e o técnico Fernando Vanzella ficaram empolgados com a evolução, pois há dois anos ela nem à semifinal foi.
- Sair da prova olímpica como nona do mundo é muito bom! Claro que queria estar na final, mas foi por pouco. Voltar a nadar para 59 (segundos) também foi bom e eu estou feliz. O meu objetivo principal era conseguir vaga na final nas três provas individuais e por pouco eu não consegui a primeira. A natação é assim, por centésimos ou milésimos a gente fica dentro ou fora. Estou feliz porque consegui encarar as duas etapas da prova muito bem e coloquei em prática o planejado. Amanhã tenho um dia de descanso, para rever a prova e já pensar nos 50m costas – Etiene Medeiros.
Fernando Vanzella também viu como positiva esta primeira prova individual de Etiene em Kazan.
- Ela está na briga da prova. Está chegando. E se animou porque está vendo que se melhorar uma coisa ou outra estará no grupo das top 5. Claro que a gente sempre quer mais, queríamos a final, mas o resultado foi bom e sinaliza crescimento – disse Vanzella.
Guilherme Guido e João de Lucca também ficaram na semifinal. Guido nadou os 100m costas e João, os 200m livre. No estilo costas, o nadador brasileiro fez 53s88 e ficou em 14º lugar. Nos 200m livre, de Lucca marcou 1m48s23 e ficou em 16º.
- Errei duas coisas que foram a saída e a virada. A saída foi muito funda e a virada foi muito perto. Pra chegar numa final de Mundial a prova tem que ser perfeita e hoje eu não consegui fazer. Eu fui rápido (o mais veloz na saída), mas fui fundo e uma coisa anulou a outra e não foi uma vantagem. No revezamento dá pra fazer o meu melhor tempo se não errar nessas coisas. Agora vou sentar com o biomecânico, dar uma olhada em como foi a prova para arrumar para o revezamento (4x100m medley) – contou Guido.
João falou que a estratégia da prova poderia ter sido diferente, mas que vai levar o aprendizado para acertar o que falta visando os Jogos Olímpicos Rio 2016.
- Nadar uma prova individual no Mundial já é ótimo e ficar entre os 16 é muito bom. O foco da minha preparação foi para o Pan-Americano e aqui não consegui melhorar o tempo. Eu vou levar essa experiência para frente e consertar o que deixou de ser feito. Eu poderia ter arriscado mais na passagem. Acho que esperei muito e quando fui atacar já era tarde demais. Todo mundo que nadou aqui dá aula e foi bom para eu aprender a lição para o ano que vem – João de Lucca 
Os atletas brasileiros participam do 16º Campeonato Mundial FINA de Esportes Aquáticos com recursos dos Correios - Patrocinador Oficial dos Desportos Aquáticos Brasileiros, e ainda do Bradesco/Lei de Incentivo Fiscal, Lei Agnelo/Piva - Governo Federal - Ministério do Esporte, Speedo, Sadia e Universidade Estácio de Sá.
Medalhas do Brasil em Kazan
Maratona Aquática
Ouro - Ana Marcela Cunha - 25km
Prata – Allan do Carmo, Ana Marcela Cunha e Diogo Villarinho - prova de equipe 5km
Bronze – Ana Marcela Cunha – 10km

Natação
Prata - Nicholas Santos - 50m borboleta
Resultado - Finais e Semifinais – 3/08
100m peito M – 1) Adam Peaty – GRB – 58s52 / 2) Cameron Van der Burgh – RSA – 58s59 / 3) Ross Murdoch – GRB – 59s09
100m borboleta F – 1) Sarah Sjostrom - SWE - 55s64 – RM / 2) Jeanette Ottesen – DEN – 57s05 / 3) Lu Ying – CHN – 57s48
100m costas M – 14) Guilherme Guido – Brasil – 53s88
100m peito F – Sem brasileiros
50m borboleta M – 1) Florent Manaudou – FRA – 22s97 / 2) Nicholas Santos – Brasil – 23s09 / 3) Laszlo Cseh – HUN – 23s15 / 6) Cesar Cielo – Brasil – 23s21
100m costas F – 9) Etiene Medeiros – Brasil – 59s97
200m livre M – 16) João de Lucca – Brasil – 1m48s23
200m medley F – 1) Katinka Hosszu – HUN – 2m06s12 – RM / Kanaki Watanabe – JPN – 2m08s45 / 3) Siobhan O’Connor – GBR – 2m08s77
Dia 04/08 – Terça-Feira
9h30 – 12h15 (3h30 – 6h15) – Eliminatórias –
50m Peito Masc (Felipe França Silva e Felipe Lima) / 200m Livre F (Larissa Oliveira e Manuella Lyrio) / 200m Borbo M (Leonardo de Deus) / 800m Livre M
17h30 – 19h30 (11h30 – 13h30) – Semifinais e Finais
Semi: 50m Peito M / 200m Livre F / 200m Borbo M
Finais: 200m Livre M / 100m Costas F / 1500m Livre F / 100m Costas M / 100m Peito F

Mundial FINA dos Esportes Aquáticos – Histórico de medalhas Brasileiras
1- Berlim 1978 – Bronze – 100m costas masculino – Rômulo Arantes Júnior
2- Guayaquil 1982 – Ouro – 400m medley masculino – Ricardo Prado
3- Roma 1994 – Bronze – 100m livre masculino – Gustavo Borges
4- Roma 1994 – Bronze – 4x100m livre masculino – Gustavo Borges, Fernando Scherer, Teófilo Ferreira e André Teixeira 5- Roma 2009 – Ouro – 50m livre masculino – Cesar Cielo Filho
6- Roma 2009 – Ouro – 100m livre masculino - Cesar Cielo Filho
7- Roma 2009 – Prata – 50m peito masculino – Felipe França Silva
8- Roma 2009 – Bronze – 5 km feminino – Poliana Okimoto
9- Xangai 2011 – Ouro – 25km feminino – Ana Marcela Cunha
10- Xangai 2011 – Ouro – 50m borboleta masculino - Cesar Cielo Filho
11- Xangai 2011 – Ouro – 50m livre masculino - Cesar Cielo Filho
12- Xangai 2011 – Ouro – 50m peito masculino – Felipe França Silva
13- Barcelona 2013 – Ouro – Poliana Okimoto – 10km
14- Barcelona 2013 – Ouro – Cesar Cielo – 50m borboleta
15- Barcelona 2013 – Ouro – Cesar Cielo – 50m livre
16- Barcelona 2013 – Prata - Poliana Okimoto – 5km
17- Barcelona 2013 – Prata – Ana Marcela Cunha – 10 km
18- Barcelona 2013 – Bronze – Ana Marcela – 5km
19- Barcelona 2013 – Bronze – Allan do Carmo, Poliana Okimoto, Samuel de Bona – Prova por Equipe 5km
20- Barcelona 2013 – Bronze – Felipe Lina – 100m peito
21- Barcelona 2013 – Bronze – Thiago Pereira – 200m medley
22- Barcelona 2013 – Bronze – Thiago Pereira – 400m medley
23 – Kazan 2015 - Ouro - Ana Marcela Cunha - 25km
24 – Kazan 2015 - Prata – Allan do Carmo, Ana Marcela Cunha e Diogo Villarinho - Prova por equipe 5km
25 – Kazan 2015 - Bronze – Ana Marcela Cunha – 10km
26 – Kazan 2015 – Prata – Nicholas Santos – 50m borboleta

Eliana Alves/ Mariana de Sá















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