Natação
é tempo — e tempos bons, cada vez mais rápidos, bem ranqueados, são um atalho
para medalha olímpica. No ano passado, Matheus Santana só entrou na piscina
para sair dela com o primeiro lugar. Bateu três vezes o próprio recorde mundial
júnior nos 100 metros nado livre. A marca de 48s25, alcançada nos Jogos
Olímpicos da Juventude, na China, foi a quinta melhor também entre os
profissionais em 2014. Não tardou para que o comparassem a Cesar Cielo, o atual
recordista mundial da prova, com a marca de 46s91, conquistada nos idos dos
supermaiôs, hoje vetados.
“Esse
apelido de novo Cielo foi legal quando eu tinha 15 anos, hoje está um pouco
ultrapassado”, diz Matheus. Ele não esconde a sincera admiração pelo colega,
mas avisa: “Cielo não é meu ídolo, é meu adversário. Nós competimos um contra o
outro e não dá para ficar só endeusando o supercampeão”. Por não ser assim, ele
tratou de derrotar Cielo em abril deste ano na final dos 100 metros do Troféu
Maria Lenk, no Rio.
Além do
cronômetro, o carioca luta diariamente contra o diabetes. Por causa do descuido
com a alimentação, foi cortado do Mundial Júnior de 2013 um dia antes da
competição. “Comia muita besteira, e tudo se descontrolou”, lembra. Recuperado,
com controle diário de açúcares, leva para as piscinas de Toronto, no Pan-Americano,
e sobretudo no Rio, em 2016, a responsabilidade de manter a natação brasileira
no topo.
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