Uma
pessoa resiliente e capaz de se reinventar. Assim se define a mais nova
contratação da Poker. Joanna Maranhão se une ao nosso time depois de se
destacar no Troféu Maria Lenk, disputado no Rio de Janeiro. No primeiro grande
evento da natação brasileira neste ciclo olímpico, a nadadora de 30 anos da
Unisanta/SP, conquistou quatro medalhas de ouro em provas individuais com
direito a novo recorde nacional (400 metros livre) e novo recorde sul-americano
(200 metros borboleta). Não foi a primeira vez que Joanna saiu do pódio
carregada. Ela já se acostumou a vencer as quatro provas que costuma disputar
numa mesma competição. Mas é sempre especial. “Eu estava muito leve, feliz
comigo mesma. Ciente de todo o trabalho que eu tinha feito. Não é sempre que
você consegue mostrar o trabalho realizado. Às vezes tem algo que você não
consegue controlar, que tira você do eixo. Desta vez, estava tudo
alinhado”.
Joanna está alinhada! Basta trocar uma
ideia com a pernambucana para perceber que ela vive um momento especial, não só
nas piscinas. Casada com o judoca Leandro Corrêa, há sete meses, depois de um
longo namoro, ela conta que o companheiro tem sido a maior motivação na vida
dela. “O Luciano é uma pessoa que me fez amar o fato de ser atleta de novo. Por
tanto amor que ele tem, todas as manhãs, ao ir treinar. Então está sendo
realmente incrível”, se declara. Foram sete anos de namoro antes da troca de
alianças, no Recife em Pernambuco, onde ela nasceu. “A gente é muito parceiro,
justamente porque os dois são atletas. A gente compreende as frustrações, o
sucesso do outro, estamos juntos há 7 anos. Já passamos por muita coisa... de
se classificar ou não... de ver ele perder uma luta, ou de eu perder uma
competição. Às vezes um de nós vive um momento muito bom, e o outro não. Mas a
gente se completa. Então, está sendo incrível”.
Difícil é encontrar a nadadora e o
judoca, em casa, com o Ippon e o Wazzari. Sim, os cachorrinhos ganharam o nome
de golpes de judô. “Foi uma homenagem ao Lu e ao esporte dele, lógico”,
ressalta a dona de casa. Ou seria uma das donas? “Nós somos donos da casa.
Divido as tarefas com meu marido. Eu viajo muito e ele também, então a gente
sempre divide as tarefas. Eu fico mais com a parte de fazer a comida - porque
ele não cozinha muito bem. Mas se eu cozinho, ele lava o prato, se eu arrumo o
quarto, ele limpa e dá comida para os cachorros. A gente se divide e funciona
muito bem”.
Tá tranquilo, tá favorável para Joanna.
A menina que começou a nadar aos 3 anos de idade, cresceu. Amadureceu. Ela costuma
dizer que foi a natação que a escolheu. A mãe colocou Joanna e os irmãos no
esporte por questão de segurança. “Na época, a cantora Wanderlea tinha perdido
um filho afogado e minha mãe ficou muito chocada com aquilo. E decidiu que os
três filhos dela iriam nadar, por questão de segurança. A gente morava em
Recife, tinha a casa de praia... e foi por isso. E eu me encontrei. Eu percebi
desde muito cedo que, para meus colegas de turma, a natação era apenas uma
atividade física. Mas eu levava aquilo a sério. Eu pensava, eu levo jeito para
isso. Como se uma voz dissesse: “ó! Faz isso direito, faz isso com carinho,
porque pode ser um diferencial”.
E quanta diferença!! Joanna esteve nas
Olimpíadas de Pequim, Londres e Rio de Janeiro. Tem três medalhas de prata nos
Jogos Pan-Americanos, duas em Guadalajara (4x200m livre e 400m medley) e uma em
Toronto (4x200m livre). A mais nova atleta da Poker também tem outros cinco
bronzes nos Pan-Americanos de Santo Domingo 2003, Rio 2007, Guadalajara 2011 e
Toronto 2015.
Para Joanna, a mágica da vida está em
se reinventar. “Eu sou atleta de uma modalidade que é extremamente monótona,
tanto a rotina de treinamento como a de competição, você faz sempre a mesma
coisa, não tem muito como mudar. Mas de alguma forma, eu consigo - a cada
temporada, a cada ano - transformar em algo novo, em desafios novos, desafios
pessoais. E quase nunca tem a ver com outras meninas ou mesmo com a colocação
na prova. É sempre uma busca pela melhor Joanna que eu possa ser “.
E a melhor Joanna está aí. Firme e
forte. Depois de ter superado uma barra muito pesada. De 2005 a 2007, ela fez
terapia para superar uma depressão muito forte por conta de uma história do
passado que ainda a incomodava: o abuso sexual sofrido por um treinador. Sob
tratamento, e com doses diárias de remédios, lutava para nadar, quando não
queria estar ali. Mas ela decidiu ficar pra encarar as dificuldades, com a
força e a coragem de sempre. Joanna se reinventou, mais uma vez. Para desfrutar
deste novo momento da vida, de conquistas e felicidade. Agora, com o apoio da
Poker.
“Foi uma grata surpresa ter conhecido a
marca. E o óculos que eu nadei o Maria Lenk era um modelo de óculos que eu
nadei há muitos anos atrás e nunca mais encontrei. Quando eu olhei no catálogo
da Poker e vi que a empresa fazia este óculo, meu olho brilhou na hora !!! Como
se fosse um sinal, sabe? E desde então, estou treinando com ele, estou
competindo com ele, estou muito feliz. Quando a gente é valorizada e
reconhecida, é uma sensação muito boa, de afago. E tenho certeza de que esta
parceria começou muito bem e que a gente vai colher muita coisa boa pela
frente”, declara a nova Joanna Maranhão.
Publicado por Francismar Siviero
Fotos divulgação Poker e Natação Unisanta
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