O
presidente do Minas, Luiz Gustavo Lage, homenageará o nadador Vinícius Lanza,
medalhista de prata nos 100m borboleta no Mundial Júnior, na próxima
segunda-feira, às 17h30, no Minas I. Lage também receberá os atletas Maria
Paula Heitmann, Eduardo Amaral e Nathan Bighetti, e a treinadora Adriana
Mitidieri, que também participaram do Mundial, realizado em Cingapura, no fim
de agosto. Os jovens talentos da base da equipe Fiat/Minas também estarão
disponíveis para atender à imprensa.
A
medalha conquistada por Vinicius Lanza foi a primeira do Minas em um Campeonato
Mundial Júnior. O minastenista, de 18 anos, se garantiu como o segundo melhor
do mundo após nadar em 52s88. Antes, na semifinal, fez o melhor tempo da
carreira, com 52s81. Esse resultado o colocaria entre os primeiros colocados
dos 100m borboleta no Troféu José Finkel, competição brasileira adulta.
Confira
a entrevista com Vinícius Lanza, de 18 anos, responsável por conquistar a
primeira medalha do Minas em um Mundial Júnior.
Na
entrevista antes do Mundial, você disse que esperava voltar com uma medalha.
Agora você volta com a prata e o melhor tempo da sua carreira, que inclusive o
colocaria em terceiro lugar no Troféu José Finkel. Foi até mais do que
esperava?
Era o
que eu estava sonhando, chegar lá e fazer o meu melhor. Eu queria estar no pódio
e queria nadar para 52 segundos. Sabia que esse resultado me colocaria em uma
boa posição, até mesmo em uma competição brasileira absoluta. A sensação é de
dever cumprido.
Depois
desse resultado, acha que pode tentar uma vaga nos Jogos Olímpicos do Rio 2016?
É o
grande sonho de todo mundo. O Scott (treinador) já tinha conversado comigo
sobre isso. Ele sempre falou que eu tinha que acreditar, que eu tinha condições
de fazer melhor. Ele fala que a obrigação não é minha, é dos mais experientes,
e isso pode me ajudar. Vou chegando pelas beiradas. Agora estamos na briga,
vamos ver como será em dezembro. (o Torneio Open, uma das seletivas para o Rio
2016, será em dezembro).
Como
foi a experiência de participar de um Mundial. O que mais te impressionou?
A estrutura
que nós tivemos. Tudo é bem preparado. Além disso, a quantidade e a qualidade
dos atletas. É realmente todo mundo brigando por centésimos. Por um centésimo
de diferença você ficava fora da final ou de um pódio. Isso me impressionou
muito. Via atletas dos Estados Unidos, Austrália e todos os grandes. Parei e
pensei “agora é sério, estou no Mundial”. E tudo valeu a pena.
A
natação brasileira hoje conta com medalhistas olímpicos, como Thiago Pereira e
Cesar Cielo, além de vários medalhistas mundiais. Acha que a sua geração está
evoluindo bem para manter esse nível?
Potencial
nós temos. Conseguimos ver isso pelos resultados conquistados na base. A minha
geração tem o Brandonn Almeida, o Felipe Ribeiro, que estão nadando muito e
podem ser um dos melhores do mundo futuramente. Acredito que essa geração atual
até “revolucionou” a natação brasileira, mas nós também estamos fortes para
tentar manter esse nível que conquistamos.
Você
agora é um medalhista mundial. Isso mudou um pouco o reconhecimento das pessoas
em relação a você?
É um
pouco diferente sim. As pessoas começam a saber quem é você. Até mesmo lá ainda
na competição, no balizamento já me olhavam diferente. Foi engraçado, alguns me
olhavam assustados. Pensava: “sou eu mesmo que eles estão olhando?”. Mas é bom,
fiquei impressionado com isso, muita gente puxava papo comigo, alguns até
falaram “sou seu fã”. Acho que muda muito a visão dos outros.
Hoje,
com 18 anos, você tem a oportunidade de nadar ao lado de grandes nadadores. O
que isso representa para você?
Na
primeira vez que eu disputei o Maria Lenk, eu pensei muito nessa questão de
nadar ao lado do Cielo, do Thiago Pereira, do Lucas Salatta, que são atletas
que eu cresci acompanhando e vendo eles nadarem muito. E o Scott me falava
também que eu tinha que parar de “endeusar” eles, já que eu estava nadando ao
lado deles. Hoje eu já consigo pensar em lutar para chegar no nível que eles
estão. É uma coisa que está virando realidade.
Fotos:
Orlando Bento.
No comments:
Post a Comment