Saturday, September 12, 2015

Presidente do Minas homenageia o nadador Vinícius Lanza, medalhista de prata no Mundial Junior


O presidente do Minas, Luiz Gustavo Lage, homenageará o nadador Vinícius Lanza, medalhista de prata nos 100m borboleta no Mundial Júnior, na próxima segunda-feira, às 17h30, no Minas I. Lage também receberá os atletas Maria Paula Heitmann, Eduardo Amaral e Nathan Bighetti, e a treinadora Adriana Mitidieri, que também participaram do Mundial, realizado em Cingapura, no fim de agosto. Os jovens talentos da base da equipe Fiat/Minas também estarão disponíveis para atender à imprensa.
A medalha conquistada por Vinicius Lanza foi a primeira do Minas em um Campeonato Mundial Júnior. O minastenista, de 18 anos, se garantiu como o segundo melhor do mundo após nadar em 52s88. Antes, na semifinal, fez o melhor tempo da carreira, com 52s81. Esse resultado o colocaria entre os primeiros colocados dos 100m borboleta no Troféu José Finkel, competição brasileira adulta.
Confira a entrevista com Vinícius Lanza, de 18 anos, responsável por conquistar a primeira medalha do Minas em um Mundial Júnior.
Na entrevista antes do Mundial, você disse que esperava voltar com uma medalha. Agora você volta com a prata e o melhor tempo da sua carreira, que inclusive o colocaria em terceiro lugar no Troféu José Finkel. Foi até mais do que esperava?
Era o que eu estava sonhando, chegar lá e fazer o meu melhor. Eu queria estar no pódio e queria nadar para 52 segundos. Sabia que esse resultado me colocaria em uma boa posição, até mesmo em uma competição brasileira absoluta. A sensação é de dever cumprido.
Depois desse resultado, acha que pode tentar uma vaga nos Jogos Olímpicos do Rio 2016?
É o grande sonho de todo mundo. O Scott (treinador) já tinha conversado comigo sobre isso. Ele sempre falou que eu tinha que acreditar, que eu tinha condições de fazer melhor. Ele fala que a obrigação não é minha, é dos mais experientes, e isso pode me ajudar. Vou chegando pelas beiradas. Agora estamos na briga, vamos ver como será em dezembro. (o Torneio Open, uma das seletivas para o Rio 2016, será em dezembro).



Como foi a experiência de participar de um Mundial. O que mais te impressionou?
A estrutura que nós tivemos. Tudo é bem preparado. Além disso, a quantidade e a qualidade dos atletas. É realmente todo mundo brigando por centésimos. Por um centésimo de diferença você ficava fora da final ou de um pódio. Isso me impressionou muito. Via atletas dos Estados Unidos, Austrália e todos os grandes. Parei e pensei “agora é sério, estou no Mundial”. E tudo valeu a pena.
A natação brasileira hoje conta com medalhistas olímpicos, como Thiago Pereira e Cesar Cielo, além de vários medalhistas mundiais. Acha que a sua geração está evoluindo bem para manter esse nível?
Potencial nós temos. Conseguimos ver isso pelos resultados conquistados na base. A minha geração tem o Brandonn Almeida, o Felipe Ribeiro, que estão nadando muito e podem ser um dos melhores do mundo futuramente. Acredito que essa geração atual até “revolucionou” a natação brasileira, mas nós também estamos fortes para tentar manter esse nível que conquistamos.
Você agora é um medalhista mundial. Isso mudou um pouco o reconhecimento das pessoas em relação a você?
É um pouco diferente sim. As pessoas começam a saber quem é você. Até mesmo lá ainda na competição, no balizamento já me olhavam diferente. Foi engraçado, alguns me olhavam assustados. Pensava: “sou eu mesmo que eles estão olhando?”. Mas é bom, fiquei impressionado com isso, muita gente puxava papo comigo, alguns até falaram “sou seu fã”. Acho que muda muito a visão dos outros.

Hoje, com 18 anos, você tem a oportunidade de nadar ao lado de grandes nadadores. O que isso representa para você?
Na primeira vez que eu disputei o Maria Lenk, eu pensei muito nessa questão de nadar ao lado do Cielo, do Thiago Pereira, do Lucas Salatta, que são atletas que eu cresci acompanhando e vendo eles nadarem muito. E o Scott me falava também que eu tinha que parar de “endeusar” eles, já que eu estava nadando ao lado deles. Hoje eu já consigo pensar em lutar para chegar no nível que eles estão. É uma coisa que está virando realidade.


Fotos: Orlando Bento.


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