Os
nadadores da Universidade Santa Cecília (Unisanta), que brilharam nos últimos
compromissos internacionais, abordaram, em entrevista coletiva, seus futuros
compromissos no exterior e no País, para os quais esperam continuar superando
marcas e limites.
“Eu
acho que essa medalha de prata em um Mundial de piscina longa representou para
mim uma medalha de ouro. Foram vários campeonatos de longa batendo na trave e
essa eu consegui uma medalha de prata”, afirmou Nicholas Santos. “Óbvio que
toda vez que nós competimos tentamos uma medalha de ouro. Felizmente eu
consegui esse feito (o ouro) em uma piscina curta em Istambul”.
Para
Nicholas, essa competição foi um marco em sua carreira, em uma prova de 50m
borboleta que não é uma prova olímpica. “Mas agora eu viro uma página e começo
a me dedicar mais para o 100m borboleta das Olimpíadas. A gente tem menos de um
ano (para essa competição), mas a satisfação de conquistar uma medalha dessas
na minha carreira é super importante. Ao longo da minha carreira foram três ou
quatro mundiais em que eu bati em 5º e 4º lugares e essa medalha para mim
vale ouro. Para os mais novos é uma inspiração”, completou Nicholas Santos.
A
partir de agora, o foco principal de Nicholas é os 100m borboleta, prova
principal nas Olimpíadas. Ele vai se dedicar ao máximo para se classificar nos
100m borboleta, “assim como para os outros nadadores, o Thales e o
Rafinha. “Tenho certeza de que eles vão entrar para a briga nas próximas
competições.”
Poliana
Okimoto: já classificada
Já
estar classificada para as próximas Olimpíadas é um alívio para Poliana
Okimoto. Ela tem um ano para pensar em treinar e fazer um bom
planejamento, pensar no que foi positivo e no que foi ruim, o que ela tem
que mudar e o que precisa continuar.
“Graças
à Unisanta tenho essa tranquilidade para pensar só nos treinamentos e focar nas
Olimpíadas. Por isso a gente está sempre aqui agradecendo o apoio dos
amigos e dos técnicos. Tudo isso faz parte do nosso programa e do resultado
final e, por isso, temos que estar sempre agradecendo a cada um”.
“Todo
mundo que está aqui sabe que a vida do atleta não é fácil, principalmente para o
atleta de natação, que é um esporte individual, sacrificante e solitário muitas
vezes”, acrescentou a nadadora.
Matheus
Santana: mais experiência
Matheus
Santana reconheceu que, no Pan-Americano, não foi tão bem no individual. Mas
destacou que, no revezamento, do qual participou, o Brasil conseguiu a medalha
de ouro. “Batemos o recorde pan-americano, fizemos o melhor tempo do
Brasil em dois anos de revezamentos e depois fomos para o Mundial. Conseguimos
nadar um pouco melhor que no Pan. Infelizmente a medalha não veio”.
O
nadador afirmou que conseguiu nadar o melhor tempo na prova individual. “Ganhei
muita experiência, muito aprendizado nessa competição e nas viagens. Foram duas
competições boas que serviram para me fazer crescer. Agora é partir para o Open
focado nas Olimpíadas e depois, no Maria Lenk. Tenho certeza de
que, com o apoio da Unisanta, conseguiremos colocar alguns atletas
nas Olimpíadas”. Ele também agradeceu à Unisanta e à equipe técnica pelo
apoio dado, “sempre motivando e fazendo a gente chegar além dos nossos
limites”.
Felipe
Ribeiro
Felipe
Ribeiro, que foi o terceiro mais rápido do mundo nos 100m livre, categoria
júnior, no 5º Mundial Junior FINA de Natação, em Cingapura,
considera essa medalha de bronze muito importante para “esse comecinho da minha
carreira”. Seu plano para o futuro é treinar bastante para o próximo Open, que
é seletiva para as Olimpíadas, para conseguir um tempo bem expressivo “e, quem
sabe, integrar a seleção brasileira absoluta. E há também o Maria Lenk. Vou treinar
mais ainda para conseguir”.
Carlos
Farrenberg
O
atleta veio de um Campeonato Mundial que aconteceu três semanas antes do Para
Pan, no qual foi vice-campeão mundial do 50m livre. Ele agradeceu o apoio da
Unisanta e ao seu técnico Bartolo, que exerce essa função há quase dez anos, “e
que tem uma contribuição significativa nos meus resultados agora”.
“Eu já
estou há dois anos com o técnico da seleção paralímpica, e vinha de um
campeonato mundial de 2013 em que não tive bons resultados, não estava nadando como
eu gostaria, não estava conseguindo acompanhar a evolução que o esporte
paralímpico estava alcançando. Tive a resposta de que eu estou fazendo a aposta
certa, nadar com o meu melhor tempo no 50m livre no Mundial e,
assim, tive bons resultados no Parapan.”
Farremberg
está credenciado a participar da próxima Paralimpíadas, nos 100m livre –
categoria S13 (baixa visão).
Marcelo
Teixeira: projeto olímpico
Marcelo
Teixeira, Pró-Reitor da Unisanta, afirmou que o Santa Cecília dá sequência ao
seu ambicioso projeto olímpico de inscrever atletas que representem o Santa e
Santos em competições internacionais, principalmente as Olimpíadas de 2016.
“Já
estou nas Olimpíadas, já faço parte dela. Nossa família tem uma ambição, de ser
a instituição de ensino que vai inscrever o maior número de atletas nessa
competição internacional. Sendo em casa e nadando no Brasil, nós já estamos
felizes de termos dois desses atletas.”
Para
Marcelo Teixeira, é fundamental que outros que possuem muitas chances e
potenciais também consigam inscrever os seus nomes e o da Unisanta na piscina
do Rio de Janeiro. “Quando dizemos que já estamos presentes é porque a única
instituição de ensino do Brasil que desenvolve este trabalho é o Santa
Cecília”.
Existem
países que já fazem esse trabalho há muitos anos, mas no Brasil as instituições
de ensino ainda não entenderam que este é um caminho de vitórias para a
formação do indivíduo e do cidadão, ressaltou o dirigente.
“O
Santa Cecília não quer apenas inscrever esses atletas nas Olimpíadas e conquistar
medalhas de mundiais, mas, acima de tudo, apostar que estas crianças e
adolescentes também continuarão escrevendo seus nomes nas competições
internacionais. Nós estaremos lá no Rio de Janeiro aplaudindo cada um dos
nossos atletas e técnicos”, concluiu Marcelo Teixeira.
Próximas
seletivas mundiais
O
Campeonato Open Correios será de 16 a 19 de dezembro em Palhoça, Santa
Catarina. O Maria Lenk, evento teste dos Jogos Olímpicos, será em abril de
2016, no Rio de Janeiro.
FONTE Assessoria de Comunicação UNISANTA