Inscrito
em nove provas em sua terceira edição dos Jogos, maior nome paraolímpico do
Brasil gosta de ser comparado com o astro da natação americana: “É uma honra”
O Rio
de Janeiro teve a honra de ser palco do último ato da vitoriosa carreira de
Michael Phelps, o maior medalhista olímpico de todos os tempos. Depois da
despedida do americano, que faturou cinco ouros e uma prata em sua quinta e
última participação, o show na piscina do Estádio Aquático da Rio 2016 promete
continuar com Daniel Dias no comando. Dono de 15 medalhas em Pequim
2008 e Londres 2012, o atleta paralímpico mais premiado do Brasil está na briga
em nove provas e terá a chance de bater o recorde de pódios na natação
masculina, 23, do australiano Matthew Cowdrey.
Nadar e
conquistar medalhas. Duas coisas que Michael Phelps e Daniel Dias sabem fazer
como ninguém. Nos Jogos do Rio, o americano se despediu das piscinas com o
incrível número de 28 medalhas, sendo 23 ouros. Desta quinta até o dia 17 de
setembro, será a vez do brasileiro de 28 anos, que domina a natação paralímpica
nos últimos anos, entrar em ação para aumentar também a sua coleção.
- Pude
acompanhar o que o Michael Phelps fez nos Jogos do Rio. Para mim, ser comparado
a uma lenda, a um grande atleta como ele, é uma honra. Não sinto pressão nisso,
e sim uma alegria imensa por ser comparado a esse grande atleta - disse o
nadador de Campinas (SP), que estreia logo no primeiro dia de disputas, nesta
quinta-feira, na prova dos 200m livre S5.
O astro
americano sempre teve a admiração de Daniel Dias, mas foi assistindo ao nadador
brasileiro Clodoaldo Silva em Atenas 2004 que uma nova perspectiva surgiu
diante do adolescente de 16 anos. A partir dali, Daniel, que nasceu com má
formação congênita dos membros superiores e da perna direita, passou a se
dedicar às piscinas e surpreendeu o mundo em Pequim 2008, quando faturou nove
medalhas (quatro ouros, quatro pratas e um bronze). Quatro anos mais tarde,
levou mais seis – todas douradas - nos Jogos de Londres.
Além
dos 15 pódios paralímpicos, Daniel soma ainda 30 medalhas em Mundiais, 27 em
Jogos Parapan-Americanos e seis recordes mundiais. Conquistas que renderam ao
principal nome do esporte paraolímpico do país três prêmios Laureus (o Oscar do
esporte) de melhor atleta paralímpico do mundo.
- Fico
muito feliz de dar uma continuidade ao que tantos atletas fizeram. Como eu
sempre falo, pude ver o Clodoaldo nadar uma Paralimpíada, e aquilo me despertou
um interesse. De repente, hoje eu posso ser esse cara que alguém pode ver e se
interessar pelo esporte, e assim descobrimos novos talentos. Fico extremamente
feliz em somar ao esporte paraolímpico. Não tem só Daniel, tem vários outros
atletas, de outras modalidades também. São grandes nomes do esporte adaptado,
isso mostra o grande momento que estamos vivendo. Não tenho dúvidas de que o
Brasil pode ter bons resultados e assim despertar o interesse de muitos para
praticar o esporte.
Daniel
está inscrito em nove provas nos Jogos do Rio (200m livre S5, 50m borboleta S5,
100m peito SB4, 50m livre S5, 50m costas S5, 100m livre S5, 4×50m livre misto
20 pontos, 4×100m livre masculino 34 pontos e 4×100m medley masculino 34
pontos). Em todas, tem boas chances de subir ao pódio. Se somar mais nove
medalhas, o brasileiro vai chegar a incrível marca de 24, ultrapassando o atual
recordista da natação masculina nas Paralimpíadas, o australiano Matthew
Cowdrey, que tem 23 e não disputa a Rio 2016.
- O
importante para mim é ajudar o meu país. Não tenho muito essa questão de número
de medalhas, de quanto que eu tenho que conquistar. Medalha para mim é uma
consequência. A gente espera nadar bem em todas as provas. Meu objetivo é estar
sempre melhorando as minhas marcas e, consequentemente, se vier medalha, claro
que vou ficar muito feliz.
Em sua
terceira participação nos Jogos Paralímpicos, o multicampeão terá a chance de
viver um momento único no Rio de Janeiro. Além de contar com o apoio do público
brasileiro, contará com a torcida especial de esposa Raquel e dos filhos Asaph
(2 anos) e Daniel (9 meses) nas arquibancadas do Estádio Aquático.
- Eu
pude nadar duas Paralimpíadas: é algo espetacular. Mas nadar dentro de casa
acho que vai ser diferente tudo - resumiu.
Daniel
Dias e suas conquistas ao longo da carreira (Foto: Danilo
Sardinha/GloboEsporte.com)
FONTE
Por Lydia GismondiRio de Janeiro
PUBLICADO
POR FRANCISMAR SIVIERO
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