Saturday, August 16, 2014

Beleza a serviço de tempos melhores


Elas são jovens, bonitas, saudáveis e descoladas. Mas acima de tudo são atletas. Treinam forte, abrem mão de algumas atividades comuns nesta idade, sem deixar totalmente de lado o culto à beleza, inerente ao sexo. Trata-se da seleção brasileira feminina de natação presente ao Campeonato Pan-Pacífico, de 21 a 24 de agosto, na australiana Gold Coast, que terá transmissão ao vivo para o Brasil pelo Sportv, em suas eliminatórias e finais.
O time feminino do Brasil é praticamente estreante na competição. Das seis meninas que vieram a Austrália, apenas Ana Carla Carvalho, especialista no estilo peito, esteve presente na última edição, em Irvine, na Califórnia, Estados Unidos.
- Em 2010 não nadei bem e desde 2012 não participo da equipe brasileira, mas agora vim pra mudar a história. Estamos sempre buscando melhorar nossos tempos em toda competição que participamos e aqui não vai ser diferente – disse Ana Carla, paranaense de 23 anos e meio, a que tem mais idade no jovem grupo.
A principal intenção das brasileiras é melhorar seus tempos pessoais, mas sem esquecer da possibilidade da conquista de medalhas, até então limitada aos bronzes de Flavia Delaroli, em 2006, na cidade canadense de Victoria, e Fabíola Molina, quatro anos depois, em Irvine, nos 50m livre e 50m costas, respectivamente.
É o caso da velocista Graciele Herrmann, que no último Troféu Maria Lenk, em abril, quebrou a barreira dos 25 segundos, bateu o recorde brasileiro de Flavia Delaroli e igualou a marca sul-americana da venezuelana Arlene Semeco, com 24s76.
- Quero baixar ainda mais o meu tempo nos 50 metros e melhorar meus 100 metros, prova em que ainda tem o revezamento. Vai ser uma prova dura, com duas australianas competindo em casa e outras duas americanas, sendo uma chegando na casa dos 24 segundos há pouco tempo. Mas não posso me entregar, vou pra cima delas – afirmou a gaúcha Graci, 22 anos, que tem pressa desde sempre, vindo ao mundo logo no nascer do ano de 1992, no dia 1º de janeiro.
Outra a competir nos 50m livre será a curitibana Alessandra Marchioro, 21 anos, a mais alta do sexteto
- Os 50m livre é a minha prova predileta e é bom competir nela. Passei por uma mudança grande após o Brasileiro Senior de Inverno, em maio, com troca de treinador, e o meu novo técnico, o Ari (Arilson Silva) fez um novo estudo, mudou o treinamento. Aqui não vou competir nos 100m livre, mas vou participar do revezamento 4x100m livre e sei que posso ajudar bastante. É bem possível que consiga melhorar minha marca nos “cinquentinha” – concluiu Alê.
A pernambucana Etiene Medeiros, 23 anos e três meses, está otimista para o seu primeiro Pan-Pac.
- Estou confiante em medalhas sim. É o meu primeiro Pan-Pac e estou sem parâmetro, mas quero fazer o meu melhor tempo nos 100m costas, que é o das eliminatórias do último Maria Lenk, 1m00s77 – afirmou a vice-campeã mundial junior de 2008 e medalha de ouro neste ano na etapa de Barcelona do circuito Marenostrum, ambos nos 50m costas..
A caçula do grupo é a catarinense Carolina Bergamaschi, 20 anos, em sua primeira experiência com seleção absoluta.
- É a minha primeira vez na equipe adulta, acompanho o que as adversárias vem fazendo, e estou focada nos tempos, sempre buscando melhorar. Sem esquecer que logo após o Pan-Pac tem o Troféu José Finkel (de 1 a 6 de setembro em Guaratinguetá/SP) que é seletiva para o Mundial de Piscina Curta em Doha, no mês de setembro – disse Carol, demonstrando que quer permanecer na equipe.
Já a manauara Daynara de Paula, 21 anos, prioriza os 100m borboleta, prova em que foi semifinalista no Mundial de Barcelona, no ano passado.
- Me preparei muito para esta competição e a intenção é baixar meu tempo, principalmente nos 100m borboleta, minha principal prova. (nota: Daynara deve nadar também os 50m e os 100m livre). Sei que vai ser uma prova forte, com duas americanas e duas australianas com bons tempos. Uma das americanas tem apenas 19 anos e vem pra sua primeira competição internacional de peso.
O coordenador-técnico da equipe feminina, Fernando Vanzella, explicou que todo o trabalho feito este ano, dentro do ciclo olímpico, como competições, treinamentos em altitude, entre outros, foi com a meta de dar resultado neste Pan-Pacífico, principal competição do ano para a natação brasileira.
- O objetivo é que todas as meninas possam abaixar seus tempos pessoais e buscarem resultados, seja uma final, ou até mesmo, uma medalha. Mas tudo isto dentro de um trabalho voltado para os Jogos Rio-2016 – afirmou Vanzella. 
Souza Santos


 foto Satiro Sodré
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