Tuesday, March 11, 2014

Trinta e sete medalhas e novos nomes para a natação brasileira


Santiago do Chile – Os nadadores conquistaram 37 no total, sendo que  18  de ouro, seis  de prata e 13 de bronze nos Jogos Desportivos Sul-Americanos.  Seis medalhas de ouro, três de prata e duas de bronze foi o saldo da natação brasileira no último dia de participação. Além dos pódios, o time nacional sai do Chile com um patrimônio igualmente rico: Uma nova geração pronta para enfrentar os grandes desafios que se apresentarão no caminho que resta até os Jogos Olímpicos Rio 2016.
Matheus Santana, de 17 anos, vai deixando de ser uma promessa para se consolidar entre os melhores velocistas brasileiros. Ele venceu os 100m livre com 49s13, um bom tempo para o período de treinos.  Em Santiago ele fechou o 4x100m medley que também ganhou medalha de ouro com 49s09. Matheus vem de um período conturbado em que lutou contra um grande adversário: O diabetes.
- Gostei muito, principalmente da forma como nadei e da tranquilidade. Pensei que ia ficar mais nervoso porque estava muito ansioso. Aliviei a tensão nas eliminatórias e pra mim foi excelente. O trabalho com o Márcio (técnico Márcio Latuf) na Unisanta está encaixando muito bem. A gente procurar não focar muito nessa pressão e na expectativa que se criou com os meus resultados. Converso muito com o meu psicólogo, com o Márcio, com o Ricardo de Moura e vamos caminhando. Preciso trabalhar ainda bastante meus fundamentos e também a parte física. Quando fui cortado do Mundial de Dubai (Mundial Júnior da FINA, em outubro do ano passado. Matheus foi cortado devido as altas taxas relacionadas ao diabetes), passei três semanas sem treinar. Voltei pra casa da minha mãe no Rio e depois disso tentei agir como se tivesse começando tudo de novo. Aprendi muito e hoje não encaro como um obstáculo, mas como uma coisa que faz parte da minha rotina – explicou.
Também velozes foram Graciele Herrmann (25s26) e Alessandra Marchioro (25s43), ouro e prata nos 50m livre, vencendo a recordista sul-americana da prova, a venezuelana Arlene Semeco (26s19) que ficou com o terceiro posto.
Henrique Barbosa e Tale Cerdeira também fizeram ouro e prata nos 200m peito. Henrique marcou 2m15s42 e Tales, 2m16s58.
- Esta prova é um pouco lenta e conta a experiência porque é preciso saber dosar para não “morrer” no final. A gente está no meio do treinamento então está bem legal e eu gostei bastante. A natação é feita de etapas e está todo mundo focando no Troféu Maria Lenk, que é seletiva para o Pan-Pacífico e depois, conseguindo a vaga, a meta é chegar lá em condições de brigar por medalhas também – disse Henrique.
Assim como Henrique e Tales, Thiago Pereira está entre os mais experientes do grupo e não por acaso tem um papel de liderança na equipe. No último dia ele venceu os 400m medley, a prova que lhe deu a prata olímpica, com 4m23s15. Um tempo ainda lento para os seus 4m08s86, mas que marca um retorno aos treinos mais pesados. No degrau de bronze o “xará” Thiago Simon (4m27s87).
Os revezamentos 4x100m medley feminino e 4x100m livre masculino fecharam a noite com vitória para as equipes brasileiras. Etiene Medeiros (1m0414), Beatriz Travalon (1m12s77), Daynara de Paula (59s92) e Larissa Oliveira (54s66) marcaram 4m11s49. O time de Nicolas Nilo Oliveira (50s17),  Matheus Santana (48s99), Fernando Ernesto Santos (50s12) e  Fernando Silva (50s16) somou 3m19s44.
FONTE CBDA

FOTO ARQUIVO PESSOAL ETIENE
 

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