Desde
2009, nadador do Minas tenta conciliar suas duas paixões. Mas bronze garantido
nos 50m borboleta no Maria Lenk dá incentivo para carreira de atleta. Há quatro
anos, Felipe Martins intercala os desfiles nas passarelas com as corridas
dentro d’água. Modelo internacional, já fez diversas campanhas para marcas
famosas e constantemente participa de edições brasileiras e estrangeiras das
semanas de moda. Mas, nos últimos meses, a paixão pela natação tem falado mais
alto. Os belos olhos verdes passam mais tempo escondidos atrás dos óculos de
silicone, e as roupas estilosas deram lugar às bermudinhas básicas para a
prática do esporte. As poses para as câmeras, porém, continuam firmes e fortes.
Só que agora, em algumas fotos, o atleta de Campinas, de 25 anos, aparece com
um acessório diferente: a medalha no peito.
A
natação é a sua mais antiga paixão. Ao lado do irmão Henrique Martins, também
nadador, se dedicou ao esporte desde cedo. O menino magrinho foi crescendo e
ganhando corpo. Logo sua beleza começou a chamar atenção. Há quatro anos,
acabou sendo fisgado pelo mundo da moda e viajou o mundo por causa dela. Fez
diversas campanhas para estilistas e marcas famosas brasileiras e
internacionais. No currículo, coleciona participações nas semanas de moda de
Nova York, Milão, Rio de Janeiro e São Paulo.
Com o
sucesso nas passarelas, o sonho de virar um nadador profissional foi ficando de
lado. Até que um convite do Minas Tênis, no início do ano, surgiu como uma
última chance do modelo de sucesso também ganhar fama dentro d’água.
- Em 2009, comecei a trabalhar como modelo. Depois, comecei a viajar para fazer Fashion Weeks. Aí recebi o convite do Minas. Eles disseram: “Você quer se dedicar 100% à natação?”. Era o meu sonho. Nunca tive essa oportunidade. Tenho ficado mais na natação. Parei um pouco de fazer os desfiles. Eu amo nadar, mas, quando dá um tempinho, vou para São Paulo, faço um trabalho, viajo. É bem bacana – contou Felipe, que namora a nadadora Carolina Bergamaschi.
- Em 2009, comecei a trabalhar como modelo. Depois, comecei a viajar para fazer Fashion Weeks. Aí recebi o convite do Minas. Eles disseram: “Você quer se dedicar 100% à natação?”. Era o meu sonho. Nunca tive essa oportunidade. Tenho ficado mais na natação. Parei um pouco de fazer os desfiles. Eu amo nadar, mas, quando dá um tempinho, vou para São Paulo, faço um trabalho, viajo. É bem bacana – contou Felipe, que namora a nadadora Carolina Bergamaschi.
O
investimento deu certo. Depois de quatro meses de treinamentos intensos,
Felipe, que é formado em Educação Física, teve a resposta que esperava. No
Troféu Maria Lenk 2013, na última semana, conquistou sua primeira medalha de
ouro individual em uma disputa brasileira. Garantiu o bronze nos 50m borboleta,
atrás de Nicholas Santos e Cesar Cielo, campeão mundial da prova, e ao lado de
Guilherme Roth.
- Os
50m borboleta do Brasil é muito forte. Mas esse ano o Minas me deu uma
estrutura fora do normal, com apoio de psicólogo, nutricionista,
fisioterapeuta... Então, consegui treinar de igual para igual e consegui essa
medalha. Agora é continuar treinando, me adaptando cada vez mais ao treinamento
deles para trazer mais resultados positivos para o Minas - comemorou.
Embora
o esporte de alto rendimento exija uma intensa dedicação, Felipe não deixou
morrer sua carreira de modelo. Sempre que dá, ainda faz alguns trabalhos nas
passarelas ou fotografando.
- É
complicado se dividir. A natação é uma rotina. A moda não tem rotina nenhuma.
Cada hora você vai parar em um lugar, vai para um país, vai para outro. Então,
é difícil de conciliar. Mas dá ainda para fazer uma coisinha ou outra na moda –
disse o nadador, que chamou atenção na última semana “desfilando” no Maria Lenk
com uma divertida sunga com estampa de corujas.
Não
restam dúvidas, porém, que, se um dia precisar optar entre suas duas paixões, a
natação será a escolhida.
- Sou
apaixonado por isso. A sensação que você tem antes de nadar não encontra quando
vai desfilar. Dá um nervoso também, mas não é como na piscina, que seu coração
fica disparado, aquele suor, aquela vontade de bater e olhar seu tempo -
descreveu o atleta, com os olhos brilhando.
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