Fisiologistas
trazem para Brasília a dermatoglifia, método que indica potencialidade genética
por meio de análise de impressões digitais. Os resultados podem orientar a
escolha do esporte mais compatível com as características físicas do atleta.
O tempo
gasto diariamente em exercícios físicos pode ser encurtado e o objetivo
alcançado de forma mais rápida graças a informações contidas nas pontas dos
dedos. Tudo graças à técnica da dermatoglifia, que consiste em aplicar tinta no
local, imprimir as marcas sobre folhas de papel e analisar as informações ali
contidas. No ano passado, os fisiologistas Alexandre Nunes e Lázaro Barroso
trouxeram para Brasília o método informatizado, que dispensa papel, tinta e
lupa e permite avaliar dados das impressões de maneira mais rápida. A pessoa
coloca os dedos sobre um leitor que armazena a impressão em um computador.
“Laudos que demoravam semanas para ficarem prontos, agora, conseguimos entregar em sete dias. Em apenas uma tarde, podemos analisar 200 pessoas, por exemplo”, explicou Alexandre Nunes. “O novo sistema permite perceber algumas minúcias que não podem ser vistas pela técnica anterior, e isso interfere no resultado.”
Foi o que ocorreu com a fisioterapeuta Daniela Leite, 34 anos. Em agosto de 2013, ela teve o perfil dermatoglífico traçado, em que foi apontada como qualidade a resistência, ideal para provas de longa duração. Praticante de corrida há 10 anos, ela decidiu explorar a característica. “Hoje, eu pratico crossfit três vezes por semana, além de corrida em outros dois dias. Atualmente participo de provas de meia maratona, mas estou trabalhando para correr os 42km”, explicou. Um dos objetivos de Daniela, além da melhora na qualidade de vida, era a perda de gordura e o ganho de massa muscular. “Nunca tive bíceps na minha vida, mas agora estou desenvolvendo”, brincou.
Dados de campeões
A modernização do diagnóstico foi desenvolvida pelos pesquisadores Rudy Nodari, doutor em ciência da saúde, e Alexandre Heberle, do câmpus da Universidade do Oeste de Santa Catarina (Unoesc), localizado em Joaçaba (SC). Entre os projetos desenvolvidos, está a criação de um banco de dados com informações de atletas de alto rendimento. O objetivo é, futuramente, permitir comparações entre os atuais campeões e os novos talentos do esporte. “Em maio, vou a Roland Garros traçar o perfil dermatoglífico dos maiores tenistas do mundo”, contou Rudy.
As coletas de dados feitas em Brasília são enviadas a Rudy Nodari. O resultado é enviado ao cliente, que deve procurar um profissional habilitado a interpretar e prescrever o melhor treinamento, de acordo com as informações. “Ainda não há muita gente para interpretar corretamente”, afirmou Rudy.
A ex-nadadora Rebeca Gusmão, que competiu nas Olimpíadas de Atenas em 2004 e conquistou duas medalhas de ouro nos Jogos Pan-Americanos do Rio de Janeiro, em 2007, teve as impressões digitais colhidas na semana passada. O resultado ainda não foi divulgado, mas ela acredita na eficiência do método para ser aplicado em jovens esportistas. “Vem para agregar. Tudo o que dá mais detalhes sobre o desempenho de um atleta é bom”, disse.
Já há quem lamente não poder ter tido acesso anterior à dermatoglifia. É o caso do fisiologista Lázaro Barroso. Hoje, ele pratica musculação, mas, na juventude, atuou em outras modalidades. A fim de confirmar o perfil para exercícios físicos, ele passou a utilizar a análise das impressões digitais. “Talvez, se eu tivesse feito isso aos seis anos, seria um atleta de ponta. Meu treinador saberia me direcionar melhor”, lamentou.
Puxando ferro
O Crossfit é um método de condicionamento físico, desenvolvido nos Estados Unidos, que mistura exercícios de ginástica, atletismo e levantamento de peso. Os treinos são realizados em aulas coletivas e variam constantemente. Desde 2007, são realizadas competições entre os praticantes.
História da técnica
A dermatoglifia — nome formado por derma (pele) e glyphos (símbolos) — é um método de análise de impressões digitais criado pelos pesquisadores norte-americanos Harold Cummins e Charles Midlo, em 1961. Com ele, é possível detectar se um indivíduo tende a desenvolver habilidades físicas ou doenças congênitas e direcioná-lo a uma prática esportiva compatível com suas características.
“Laudos que demoravam semanas para ficarem prontos, agora, conseguimos entregar em sete dias. Em apenas uma tarde, podemos analisar 200 pessoas, por exemplo”, explicou Alexandre Nunes. “O novo sistema permite perceber algumas minúcias que não podem ser vistas pela técnica anterior, e isso interfere no resultado.”
Foi o que ocorreu com a fisioterapeuta Daniela Leite, 34 anos. Em agosto de 2013, ela teve o perfil dermatoglífico traçado, em que foi apontada como qualidade a resistência, ideal para provas de longa duração. Praticante de corrida há 10 anos, ela decidiu explorar a característica. “Hoje, eu pratico crossfit três vezes por semana, além de corrida em outros dois dias. Atualmente participo de provas de meia maratona, mas estou trabalhando para correr os 42km”, explicou. Um dos objetivos de Daniela, além da melhora na qualidade de vida, era a perda de gordura e o ganho de massa muscular. “Nunca tive bíceps na minha vida, mas agora estou desenvolvendo”, brincou.
Dados de campeões
A modernização do diagnóstico foi desenvolvida pelos pesquisadores Rudy Nodari, doutor em ciência da saúde, e Alexandre Heberle, do câmpus da Universidade do Oeste de Santa Catarina (Unoesc), localizado em Joaçaba (SC). Entre os projetos desenvolvidos, está a criação de um banco de dados com informações de atletas de alto rendimento. O objetivo é, futuramente, permitir comparações entre os atuais campeões e os novos talentos do esporte. “Em maio, vou a Roland Garros traçar o perfil dermatoglífico dos maiores tenistas do mundo”, contou Rudy.
As coletas de dados feitas em Brasília são enviadas a Rudy Nodari. O resultado é enviado ao cliente, que deve procurar um profissional habilitado a interpretar e prescrever o melhor treinamento, de acordo com as informações. “Ainda não há muita gente para interpretar corretamente”, afirmou Rudy.
A ex-nadadora Rebeca Gusmão, que competiu nas Olimpíadas de Atenas em 2004 e conquistou duas medalhas de ouro nos Jogos Pan-Americanos do Rio de Janeiro, em 2007, teve as impressões digitais colhidas na semana passada. O resultado ainda não foi divulgado, mas ela acredita na eficiência do método para ser aplicado em jovens esportistas. “Vem para agregar. Tudo o que dá mais detalhes sobre o desempenho de um atleta é bom”, disse.
Já há quem lamente não poder ter tido acesso anterior à dermatoglifia. É o caso do fisiologista Lázaro Barroso. Hoje, ele pratica musculação, mas, na juventude, atuou em outras modalidades. A fim de confirmar o perfil para exercícios físicos, ele passou a utilizar a análise das impressões digitais. “Talvez, se eu tivesse feito isso aos seis anos, seria um atleta de ponta. Meu treinador saberia me direcionar melhor”, lamentou.
Puxando ferro
O Crossfit é um método de condicionamento físico, desenvolvido nos Estados Unidos, que mistura exercícios de ginástica, atletismo e levantamento de peso. Os treinos são realizados em aulas coletivas e variam constantemente. Desde 2007, são realizadas competições entre os praticantes.
História da técnica
A dermatoglifia — nome formado por derma (pele) e glyphos (símbolos) — é um método de análise de impressões digitais criado pelos pesquisadores norte-americanos Harold Cummins e Charles Midlo, em 1961. Com ele, é possível detectar se um indivíduo tende a desenvolver habilidades físicas ou doenças congênitas e direcioná-lo a uma prática esportiva compatível com suas características.
Correio
Braziliense
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