Brasil fecha com prata no Brazil Syncro Open e de olho na Espanha

O Brasil conquistou cinco medalhas (2 de prata, 3 de bronze) na terceira edição do Brazil Synchro Open, que terminou neste domingo, 18/05, no Parque Aquático Maria Lenk, com a participação de Brasil, Argentina, Estados Unidos, Itália, Ucrânia, Colômbia e Peru. No último dia de provas foi a vez da equipe livre somar 82.933 pontos e ficar em segundo perdendo apenas para a Ucrânia (90.900), que foi medalha de bronze no Mundial dos Esportes Aquáticos de Barcelona, em julho do ano passado.  As atletas se preparam agora para o Espanha Sincro, em junho.

A técnica chefe da equipe brasileira, a canadense Julie Sauvé, está satisfeita com a evolução das atletas em tão pouco tempo. Julie está desde o início do ano orientando a seleção brasileira e tem vindo com frequência ao país, além de acompanhar cada passo dos treinamento no dia-a-dia das atletas por intermédio do trabalho conjunto com as técnicas Maura Xavier, Magali Cremona e Gláucia Soutinho. Julie tem oito medalhas olímpicas no currículo extenso.

- A equipe está executando um excelente trabalho. Elas hoje treinam de seis a sete horas por dia, em seis dias na semana. Fazemos muita ginástica, natação e treinos acrobáticos na água em um programa intenso de preparação que está surtindo efeito. O dueto, por exemplo, está junto há poucos meses e elas já estão muito sincronizadas e rápidas – explicou.

O dueto de Giovana Stephan e Luisa Borges subiu ao pódio para ganhar o bronze tanto na rotina técnica, quanto na livre, mesma cor de medalha para a prova de Equipe Técnica. As medalhas de prata vieram da  Rotina Combinada – prova que une solo, dueto e equipe na mesma disputa – e da Equipe Livre.

No último dia o time entrou com o tema usado no Mundial de Barcelona, ‘Dança Cigana’, mas com um grau de dificuldade aumentado devido às modificações feitas pela técnica Julie. As atletas agora entram em preparação para o Espanha Sincro, de 27 a 29 de junho, na cidade de Castelón. Na volta recomeçam o trabalho pensando no Campeonato Sul-Americano de Mar del Plata, que será seletiva para os Jogos Pan-Americanos de Toronto, em 2015.

- É praticamente outra rotina. Elas estão mais vigorosas, com as coreografias mais “limpas”, ou seja, levantando menos água. Isso significa que estão saindo da água com mais altura. Também evoluíram muito nas trocas de desenhos dentro da coreografia. Acho que as alçadas (acrobacias) ainda não saíram como estão sendo executadas nos treinos, mas isso significa que temos ainda um potencial para evoluir – analisou Mônica Rosas, coordenadora de seleções da CBDA.

No mundo sincronizado, a Ucrânia entrou firme na briga com a Espanha pelo pódio das principais competições. A Rússia domina, mas vem sempre seguida de perto pela China e pela Espanha, esta última agora ameaçada pelas ucranianas, que vem crescendo a cada evento. No Brasil elas naturalmente ganharam todas as seis provas do programa.

Equipe Livre
1) Ucrânia – 90.900
(Lolita Ananasova, Maryna Golyadkina, Olena Grechykhina, Kateryna Reznik, Katryna Sadurska, Anastasiya Savchuk, Anna Voloshyna e Olha Zolotarova. Reservas: Oleksandra Kashuba e Dana-Maria Klemenko).

2) Brasil – 82.933
Maria Bruno (Fluminense), Maria Clara Coutinho (Flamengo), Juliana Damico (Fluminense), Beatriz Feres (Tijuca Tênis), Branca Feres (Tijuca Tênis), Maria Eduarda Miccuci (Fluminense), Lorena Molinos (Flamengo) e Pamela Nogueira (Tijuca Tênis). Reservas: Luisa Borges (Fluminense) e Giovana Stephan (Flamengo)

3) Argentina – 77.367
(Camila Maria Arregui, Sofia Eliceche, Ana Victoria Fernandez, Sofia Ferrer, Brenda Moller, Etel Sanchez, Sofia Sanchez e Lucina Simon. Reservas: Sofia Boasso e Karina Fernandez)

Eliana Alves / Souza Santos / Mariana de Sá

FOTOS SATIRO SODRÉ