Estudo
concluiu que os atletas que nadaram nas raias de números maiores fizeram tempos
ligeiramente melhores, indicando uma corrente na piscina
Equipe
de natação treina no Parque Aquático Olímpico para os Jogos Olímpicos no Rio de
Janeiro (Stefan Wermuth/Reuters)
Um
estudo realizado por pesquisadores da área da natação revelou que a estrutura
da piscina utilizada na Olimpíada do Rio de Janeiro pode ter beneficiado alguns
atletas. O problema exato ainda não foi devidamente detectado, mas tudo indica
que uma falha na construção permitiu a criação de uma corrente em um
dos lados da piscina que influenciou na velocidade dos nadadores durante as
provas.
Os
pesquisadores analisaram os tempos de todos os nadadores que participaram das
provas de 50 metros e concluíram que os atletas que nadaram nas raias de
números maiores – à esquerda no momento da
largada – foram ligeiramente mais rápidos do que os que nadaram
nas raias opostas.
Joel
Stager, diretor do Centro da Ciência da Natação da Universidade de Indiana, nos
Estados Unidos, afirmou ao jornal americano The Wall Street
Journal ter descoberto que, estatisticamente, homens e mulheres que
participaram das provas nas raias de número 5 a 8 conseguiram um
ligeiro aumento de velocidade, enquanto os atletas que nadaram nas raias
de 1 a 4 tiveram tempos maiores.
Nas
semi-finais masculinas e femininas, por exemplo, 15 dos 16 nadadores que se
qualificaram para as finais (oito homens e oito mulheres) nadaram nas raias de
4 a 8. Dentre esses atletas, os que mudaram de lado (nadaram nas raias de
1 a 4) na fase seguinte não conseguiram repetir a mesma velocidade e
apresentaram uma piora média de 0,5% em seus tempos, de acordo com
o Wall Street Journal.
Isso
aconteceu somente nas provas de 50 metros. Nas provas de 100 ou 200 metros, a
vantagem variava de acordo com o momento do percurso. Na ida, os nadadores nas
raias de 5 a 8 tiveram vantagem, enquanto na volta foram os atletas
nas raias de números menores que usufruíram do aumento de velocidade. Os dados
indicam que uma falha na construção pode ter gerado uma corrente de um dos
lados da piscina olímpica.
As
suspeitas apresentadas por Stager e sua equipe sobre a piscina da Rio-2016 se
assemelham às publicadas pelos mesmos estudiosos no Jornal
de Medicina e Ciência em Esportes e Exercícios sobre o Mundial de
2013. No artigo, divulgado em 2014, os cientistas apontavam a mesma vantagem
dos nadadores das raias de números maiores nas provas de 50 metros durante a
competição realizada em Barcelona, na Espanha.
A
responsável pela construção da piscina no Rio de Janeiro foi a Myrtha Pools,
uma empresa italiana. A instalação aquática no Mundial de Barcelona foi erguida
pela mesma empresa. Oficiais da Fina, a Federação Mundial de Natação, disseram
ao WSJ que estão revisando os dados passados pelos pesquisadores para
tentar identificar o problema.
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