Na noite
deste sábado, 6/08, uma estreia muito esperada. Trata-se da seleção brasileira
de polo aquático masculino, uma equipe que vem evoluindo a passos largos,
comandada por um treinador consagrado, o seis vezes medalhista olímpico como
jogador e técnico, o croata Ratko Rudic. Às 20h50, os brasileiros enfrentam no
Maria Lenk, a Austrália, um adversário chave, assim como o segundo oponente, o
Japão, adversário de 2ª feira (dia 8/08, 19h30), para conseguir uma boa
colocação no grupo A e pegar um rival menos problemático na fase de mata-mata.
Os
jogos seguintes para a equipe brasileira serão mais indigestos, pela ordem,
Sérvia (Dia 10/8, 4ª feira, 19h30); Grécia (Dia 12/8, 6ª feira, 19h30) e
Hungria (Dia 14/8, domingo, 20h50, este já no Estádio Aquático). O outro grupo
é constituído por EUA, Croácia, Espanha, Itália, França e Montenegro.
Rudá
Franco foi o último jogador a carimbar sua vaga no grupo olímpico e fala sobre
a expectativa com os Jogos.
- A
ansiedade é grande. Um trabalho árduo de dois anos e meio com o Ratko que vai
ficar na história, ainda mais pra mim que não só pensava nas Olimpíadas, mas
também em voltar ao time, já que continuei treinando com o grupo mas fiquei de
fora do Pan e do Mundial de Kazan – e agora vamos pensar passo a passo. Ninguém
treinou mais do que a gente. Agora é pensar primeiro só na Austrália e tirar o
nervosismo. Ela é o nosso divisor de água. Vencendo, pensar no Japão, e ficar
mais tranquilo para garantir uma das quatro vagas nas quartas-de-final, sabendo
que não cruzaríamos com nenhum dos três (Sérvia, Grécia e Hungria) na próxima
fase. O outro grupo está bem mais parelho do que o nosso e nas quartas, se
chegarmos lá, temos chance de fazer jogo duro com qualquer um – concluiu Rudá.
O
primeiro adversário do Brasil terminou duas posições à frente dos brasileiros
no último Mundial de Esportes Aquáticos, em Kazan. Na ocasião, os australianos
perderam a disputa pelo 7º lugar para os americanos: 10 a 6. O Brasil perdeu
para o Canadá no jogo pelo 9º posto por 12 a 10. Ainda na chave brasileira,
encontram-se Japão (13º em Kazan), Sérvia, atual campeã de tudo, com exceção
dos Jogos Olímpicos (Mundial, Europeu e da Liga Mundial); Grécia, medalhista de
bronze na Rússia; e Hungria, que ficou em sexto, na mesma competição.
O
histórico destas equipes é potente. Os húngaros foram tricampeões olímpicos
recentemente (2000, 2004 e 2008). A Sérvia subiu ao pódio de bronze nas duas
últimas Olimpíadas e tem gana de conquistar o único ouro que lhe falta na
coleção, ainda mais depois do título da arquirrival Croácia – treinada por
Rudic - nos últimos Jogos Olímpicos. Antes, ainda como Sérvia & Montenegro,
foram prata nos Jogos de Atenas, há 12 anos. Nesta edição olímpica, a anfitriã
Grécia perdeu a vaga no pódio na disputa pelo bronze com a Rússia.
Gustavo
Guimarães, o Grummy, tem uma relação especial com os Jogos, mesmo sendo mais um
estreante no maior evento esportivo do planeta.
- É a
realização de um sonho e seguir os passos de minha família. É uma honra. Meu
avô materno, João Gonçalves Filho disputou sete Olimpíadas como atleta e
técnico de natação, polo aquático e judô, e ainda foi porta-bandeira do Brasil
na Cidade do México/1968. Realizar este sonho e ir bem contra a Austrália e os
jogos seguintes, fazendo um bom campeonato. O caminho foi duro e é um sonho de
muita gente, que me ajudou a chegar aqui: família, amigos, meus treinadores
desde a base, os companheiros de time, só tenho a agradecer – afirmou Grummy.
O
preparador físico da equipe brasileira, o cubano William Morales, ex-técnico de
natação (foi técnico de Fernando “Xuxa” Scherer) avaliou o trabalho com o time
que leva o Brasil de volta ao mundo olímpico depois de 32 anos (a última
participação olímpica do polo aquático masculino brasileiro foi em Los
Angeles/84).
- O
polo aquático é um esporte de muito contato físico. E para estar bem nesta
modalidade e ter sucesso é necessário ter uma alta capacidade funcional: estar
forte, ter uma alta resistência para tomar decisões, força para se recuperar. E
assim, o preparo físico é determinante para chegarmos em alto nível nesta
competição. O grupo está muito bem e o que estamos agora administrando é a
ansiedade e o excesso de vontade para começar esta partida de estreia contra os
australianos. Esta é a nossa principal preocupação no momento. Fisicamente
estão muito bem, se sentem seguros e fortes, e com muita vontade. Estou
otimista – disse William, que vê seu trabalho na natação e no polo bem
similiares, apenas com a característica de um ter um trabalho individual e o
outro ter que trabalhar individualmente e coletivamente.
Seleção
Brasileira: 1 - Slobodan Soro (goleiro) / 2 - Jonas Crivella / 3 - Rudá Franco
/ 4 - Ives Gonzales / 5 - Paulo Salemi / 6 - Bernardo Gomes / 7 - Ádria Delgado
/ 8 - Felipe "Charuto" Silva / 9 - Bernardo Reis Rocha / 10 - Felipe
Perrone (capitão) / 11 - Gustavo "Grummy" Guimarães / 12 - Josip
Vrlic / 13 - Vinícius Antonelli (goleiro). Técnico: Ratko Rudic / Auxiliares-técnicos:
Ângelo Coelho e Eduardo Abla (Duda) / Preparador-físico: William Morales /
Vídeo-analista: João Brandão / Chefe da equipe: Ricardo Cabral.
Eliana
Alves / Souza Santos / Mariana de Sá
CBDA
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SATIRO SODRÉ
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