Complexo,
um dos legados dos Jogos Rio 2016, tem entrega prevista para o fim deste ano e
conta com um investimento de R$ 226,8 milhões do Ministério do Esporte e do
governo do Ceará
Fortaleza
– Ainda faltam dois anos para os Jogos Olímpicos e Paraolímpicos do Rio de
Janeiro, em 2016. Mesmo assim, todo o país, e não apenas a capital carioca, já
tem se beneficiado com o evento.
Com o
objetivo de deixar um grande legado ao Brasil com a realização dos Jogos, o
Ministério do Esporte, com a participação de parceiros, está construindo
diversos centros para a prática esportiva, desde a base até o alto rendimento.
E, em Fortaleza (Ceará), não faltará estrutura para que atletas se desenvolvam em
26 modalidades esportivas e elevem o nível do esporte nacional.
Rodolfo
Vilela/Portal Brasil 2016
Obras
do CFO, em Fortaleza: estrutura para treinos e competições irá impulsionar
ainda mais o desenvolvimento do esporte nacional
O
Centro de Formação Olímpica (CFO), em obras desde agosto de 2013, é um complexo
que proporcionará todas as condições para a descoberta de novos talentos e
também para o treinamento de seleções olímpicas. Localizado em frente à Arena
Castelão, palco de partidas da Copa do Mundo da FIFA 2014, o centro contará com
alojamento para 248 atletas e salas de apoio para fisioterapia, nutrição e todo
o acompanhamento de uma equipe multidisciplinar. Além disso, haverá um ginásio
para treinamento e outro principal, climatizado e com capacidade para até 21
mil pessoas, destinado a eventos esportivos e também culturais. O complexo
terá, ainda, pista de atletismo de padrão internacional; piscinas olímpicas e
de saltos; pista de skate, pista de BMX e quadras de vôlei e de tênis.
A obra
recebeu investimentos do Estado do Ceará de R$ 19,8 milhões e da União, que
aportou R$ 207 milhões, totalizando R$ 226,8 milhões. “São investimentos do PAC
2 e que se inserem na construção do legado dos Jogos Rio 2016. O governo
federal tem feito um investimento muito grande para nacionalizar os benefícios
dos Jogos por todo o Brasil, de forma que toda a população e, principalmente,
todo atleta brasileiro tenham uma condição de treinamento muito melhor pós
2016”, destacou Ricardo Leyser, secretário de Alto Rendimento do Ministério do
Esporte, em visita às obras no último dia 23.
O CFO
do Nordeste e o Centro Paraolímpico em São Paulo são os dois maiores complexos
multiesportivos estruturados pelo governo federal como legado dos Jogos
Olímpicos e Paraolímpicos do Rio 2016. Ambos farão parte da Rede Nacional de
Treinamento que está sendo estruturada e espalhada pelo país, fornecendo
estruturas modernas e de alto nível para a prática esportiva.
Em
Fortaleza, são mais de 85 mil m² de área, destinados às seguintes modalidades:
atletismo, natação, badminton, nado sincronizado, basquete, pentatlo moderno,
boxe, rúgbi, ciclismo, tênis, handebol, taekwondo, esgrima, tênis de mesa,
futebol, tiro com arco, ginástica, triatlo, levantamento de peso, voleibol,
hóquei sobre a grama, vôlei de praia, judô, polo aquático, lutas e saltos
ornamentais. O espaço será usado também para modalidades paraolímpicas.
Rodolfo
Vilela/Portal Brasil 2016
A
jogadora de vôlei de praia e medalhista olímpica em Londres 2012 Larissa posa
ao lado do secretário Ricardo Leyser (o terceiro, da esquerda para a direita) e
demais autoridades presentes à visita ao CFO em Fortaleza
A
expectativa é que o equipamento seja utilizado para a realização de competições
nacionais e internacionais e, ainda, para a aclimatação de seleções estrangeiras
antes dos Jogos de 2016. “Vamos trabalhar para trazer para Fortaleza delegações
que virão para as Olimpíadas. Isso é um legado dos Jogos até mesmo antes de
eles serem realizados”, ressalta o secretário especial da Copa 2014 do governo
do Ceará, Ferrúcio Feitosa. A Secopa-CE, que atua como Secretaria de Grandes
Eventos Esportivos, é a responsável pela construção do CFO.
“Além
de receber uma delegação estrangeira, o que seria muito importante para a
economia do Ceará e para a visibilidade internacional do centro, o CFO também é
importante como local em que nossos atletas poderão treinar enquanto os
equipamentos do Rio de Janeiro estarão sendo preparados para os Jogos
Olímpicos. Com uma piscina igual à dos Jogos aqui, a nossa seleção pode aproveitá-la
numa reta final de preparação”, exemplifica Ricardo Leyser.
Aprovação
Também
presente na visita às obras, o superintendente técnico da Confederação
Brasileira de Desportos Aquáticos (CBDA), Ricardo de Moura, manifestou
interesse em promover eliminatórias no CFO. “Se o equipamento construído aqui
for aprovado em assembleia, em 2015 já podemos fazer eliminatórias dos Jogos
Pan-Americanos e do Mundial”, projeta. “O talento não escolhe lugar nem hora
para nascer. Então, quanto mais centros esportivos você criar, muito mais
rapidamente você terá os novos valores que vão substituir os atuais campeões”,
acredita o dirigente.
Rodolfo
Vilela/Portal Brasil 2016
635
funcionários trabalham nas obras do CFO em Fortaleza
O
presidente da Confederação Brasileira de Tênis de Mesa (CBTM), Alaor Azevedo,
também já espera ver atletas praticando a modalidade em Fortaleza. “Vamos
utilizar ao máximo. Certamente teremos todos os anos eventos nacionais e
internacionais aqui no Ceará. Estou impressionado e orgulhoso”, elogia.
“Queremos trazer o esporte para o Nordeste. Não adianta ter uma estrutura como
essa se atletas, federações, confederações, clubes e seleções não tiverem
visibilidade desse equipamento”, ponderou Leyser, reafirmando a importância de
que as confederações incluam o CFO no cronograma de competições e treinamento.
Os
elogios partiram também de quem já teve a oportunidade de jogar nos mais
diversos locais do mundo. Medalhista olímpica do vôlei de praia (bronze em
Londres-2012), Larissa França mostrou-se encantada com a construção. “O Brasil
merecia um polo como este. Temos grandes esportistas no país e, com certeza,
aqui haverá condições de gerarmos ainda mais atletas com condições de estar em
uma Olimpíada e buscar uma medalha”, acredita. “Eu estava ali tirando umas
fotos e pensando em como é bacana estar numa estrutura e se sentir reconhecido.
É isso que todo atleta espera. Vou fazer questão de estar na inauguração”,
adianta Larissa.
A
previsão é de que a obra seja entregue no fim deste ano, caracterizando-se,
assim, a mais rápida construção do legado que está sendo formado no país. Para
isso, trabalham no local 635 funcionários, que atuam em dois turnos desde
março.
“Estou
na construção civil há 30 anos e fico muito satisfeito em trabalhar num
equipamento esportivo dessa magnitude e poder ver, daqui a alguns anos, atletas
saindo para competir pelo Brasil e que foram formados dentro do equipamento que
estamos construindo”, diz o superintendente operacional de obras, Waldemar
Biselli. “É uma satisfação ímpar para quem está na construção. A gente percebe
que o trabalho dos funcionários é diferenciado. Eles sabem que vão ver ídolos
deles treinando aqui e se sentem orgulhosos com isso. É uma sensação muito
boa”, completa. O Ministério do Esporte fará visitas de acompanhamento das
obras a cada dois meses.
RDC
O
Centro de Formação Olímpica do Nordeste é a primeira obra no Ceará contratada
sob o Regime Diferenciado de Contratações públicas (RDC), uma nova modalidade
de licitação com o objetivo de tornar as contratações públicas mais eficientes
e aumentar a competitividade entre fornecedores.
O RDC
foi originalmente adotado para obras e serviços relacionados à Copa do Mundo
FIFA 2014 e aos Jogos de 2016, mas já se estendeu para novas áreas, como obras
do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), saúde, educação e
infraestrutura e serviços para aeroportos.
Ana
Cláudia Felizola – da equipe do Portal Brasil 2016
Fotos Rodolfo
Vilela/Portal Brasil 2016
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