Tetsuo
Okamoto (Marília, 20 de março de 1932 – Marília, 2
de outubro de 2007) foi um geólogo, administrador de empresas e nadador brasileiro.
Foi o
primeiro atleta a ganhar uma medalha olímpica da história da natação
brasileira. Foi uma medalha de bronze conquistado nosJogos de
Helsinque, em 1952, nos 1.500 metros livre. No ano anterior já havia
sido o primeiro campeão pan-americano da natação, com a medalha
de ouro nos 400 m livre e nos 1.500 m livre na primeira edição dos
jogos, em Buenos Aires, em 1951.
Carreira
Okamoto
procurou o esporte porque sofria de asma. Suas primeiras braçadas foram no
Yara Clube, de Marília. Em 1950, depois de competir nos Estados
Unidos com os atletas americanos e japoneses, descobriu que
precisava mudar o método de treinamento. Na época, nadava 1.500 metros por dia.
E foi orientado pelos estrangeiros a treinar muito mais. Passou a nadar 10 mil
metros. A mudança deu certo.
No
Campeonato Brasileiro, em 1950, tornou-se campeão pela primeira vez, e sua
popularidade e reconhecimento começaram a crescer. Em janeiro de 1951, ele
quebrou o recorde sul-americano pela primeira vez. Ele nadou os 1500m livres em
19m24s3, baixando 40 segundos o recorde brasileiro e 13 segundos o recorde
sul-americano.
Ele
esteve nos Jogos Pan-americanos inaugurais, os Jogos
Pan-Americanos de 1951, em Buenos Aires, Argentina, onde ele ganhou
duas medalhas de ouro nos 400 e 1500m livres , e uma medalha de prata nos
4x200m livres. Nos 1500m livres, ele quebrou novamente seu recorde
sul-americano.
De
volta ao Brasil, foi recebido como herói em Marília, a cidade natal, que
decretou feriado municipal. Enquanto desfilava em carro aberto, sua casa era
assaltada. Os ladrões foram presos. Okamoto chegou a recusar um carro oferecido
pela comunidade japonesa como prêmio pelo resultado inédito na Argentina. Como
era atleta amador, temia que o presente pudesse ser visto como pagamento e,
conseqüentemente, profissionalização, e lhe tirasse a chance de ir aos Jogos de
Helsinque.
Ainda
em Buenos Aires, não houve muita comemoração pelas medalhas no Pan. A Argentina
vivia sob ditadura e os atletas ficaram hospedados em acampamento
militar. A alimentação era de caserna, não estavam nem aí, contava
Okamoto. Mas o jantar em um restaurante de Buenos Aires, com direito a um
bife, serviu de festa pelo ouro nos 1.500 metros. Foi o máximo de luxo
concedido ao herói brasileiro.
Três
semanas após o Pan, ele quebrou o recorde sul-americano dos 400m livre,
marcando 4m41s5. O recorde sul-americano desta prova nunca tinha estado nas
mãos de um brasileiro.
No
Campeonato Sul-Americano de Lima, Peru, em março de 1952, Tetsuo
ganhou a medalha de ouro nos 400, 800 e 1500 metros livres.
Nas
Olimpíadas de de Helsinque no ano seguinte Okamoto competiu nos 1500 m livres,
a mais difícil da natação, contra o norte-americano James McLane, o
havaiano Ford Konno, entre outros; na prova do dia 3 de agosto de 1952 ele
chegou em terceiro, recebendo a primeira medalha olímpica do Brasil na natação. Nessa
prova, Tetsuo ganhou as eliminatórias com um tempo de 19m05s6, novo recorde
sul-americano. Na final, ele ganhou a medalha de bronze com o novo recorde
sul-americano de 18m51s3. Este recorde duraria dez anos.
Morreu
em São Paulo, aos 75 anos, vítima de insuficiência respiratória e cardíaca.
Okamoto também sofria com problemas renais e fazia hemodiálise.
Fonte Origem:
Wikipédia, a enciclopédia livre.
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