Sunday, July 31, 2016

BRASIL DERROTA A CHINA EM AMISTOSO DE POLO AQUÁTICO FEMININO E SE FORTALECE PARA OS JOGOS RIO 2016


A seleção brasileira de polo aquático feminino derrotou a China por 12 a 9 (3-3 / 3-1 / 4-3 / 2-2). A partida aconteceu na manhã deste domingo, 31/07, no clube Paineiras do Morumby e é a segunda das três partidas amistosas que antecedem os Jogos do Rio. A próxima será em Bauru, na próxima terça-feira, 2/08, contra a Hungria, na inauguração da nova arena da ABDA (Associação Bauruense de Desportos Aquáticos). Na terça-feira, 3/08, o time brasileiro entra na Vila Olímpica.
Esta é a primeira vitória do time brasileiro depois de perder em amistosos na Espanha para as donas da casa por 11 a 3 e para a China por 11 a 6. No último dia 29/07, a China voltou a vencer as brasileiras, mas já por uma diferença menor de gols (13 a 11). Na manhã de domingo, os gols vieram de Diana (4), Izabella (2), Amanda (2), Zablith, Mariana Rogê Viviane e Lucianne.
O segundo jogo amistoso com o Brasil começou parelho, com o primeiro quarto empatado, mas já na metade do segundo quarto o Brasil conseguiu abrir uma diferença de dois gols, aumentou para três e se manteve assim até o final. As brasileiras crescem a cada partida e podem surpreender, pois, ao contrário do polo aquático masculino, o cenário dos times que estão no topo varia muito a cada competição.
A China tem um vice-campeonato mundial no currículo, conquistado na edição do Mundial dos Esportes Aquáticos de Xangai, em 2011, e estará em sua terceira participação olímpica. A equipe estreou em casa nos Jogos de Pequim 2008 e também disputou em Londres, em 2012. Em ambas as ocasiões terminou em segundo lugar e desta vez o time treinado pelo brasileiro Ricardo Azevedo, o Rochinha, ambiciona o pódio.
No Rio de Janeiro, o Brasil começa os Jogos Olímpicos jogando no grupo A junto com Itália, Rússia e Austrália. A China está no grupo B, com Hungria, Espanha e Estados Unidos.
Seleção Brasileira = 1 - Tess Oliveira (goleira) / 2 - Diana Abla / 3 - Marina Zablith (capitã) / 4 - Marina Canetti / 5 - Lucianne Barroncas / 6 - Izabella Chiappini / 7 - Amanda Oliveira / 8 - Luiza Carvalho / 9 - Mariana Rogê Duarte / 10 - Camila Pedrosa / 11 - Viviane Bahia / 12 - Gabriela Mantellato / 13 - Victoria Chamorro (goleira). Técnico: Patrick "Pat" Oaten / Auxiliares-técnicos: Roberto Chiappini e Pablo Cuesta / Vídeo-analista: Nina Lorenzo / Chefe da equipe: Paulo Rogério Rocha. 
Cbda Eliana Alves Cruz/ Souza Santos/Mariana de As
foto: Daniela Raddi









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POR CAUSA DO HORÁRIO DAS COMPETIÇÕES NA OLIMPÍADA RIO 2016 NADADORES TREINAM PARA ADIAR O SONO




Uma Olimpíada sempre requer dos atletas adaptações de horário, seja pelo fuso, seja pela escala de competições. Até aí, normal. Nos Jogos do Rio de Janeiro, porém, a exigência recaiu sobre um grupo pouco acostumado a surpresas neste departamento: o dos nadadores. Para atender a um pedido da NBC, a rede de TV americana que detém os direitos de cobertura para os Estados Unidos e precisa ficar de olho nos vários fusos horários do país, o Comitê Olímpico Internacional (COI) marcou as finais da modalidade entre 22h e meia-noite. Também há chance de, no dia anterior ou seguinte, o mesmo atleta estar de novo na piscina à tarde, para as eliminatórias.
A divulgação dos horários em 2014 foi motivo de chiadeira nas diversas delegações, sem sucesso. Diante disso, o jeito foi criar mecanismos para facilitar a natação tarde da noite. “Todos os atletas terão a mesma dificuldade. Sairá em desvantagem quem não se preparar para as competições noturnas”, diz Jorge Bichara, gerente geral de Performance Esportiva do Comitê Olímpico Brasileiro, o COB.
Na equipe brasileira, a estratégia foi atrasar o relógio biológico dos nadadores em três horas. Eles estão acordando às 10h, almoçando às 15h e jantando às 23h. A partir do anoitecer, usam óculos especiais que fazem tudo parecer mais claro, e assim tapeiam o cérebro para que pareça mais cedo. Funciona, porque o organismo humano se regula pela presença da luz: luminosidade aumenta a temperatura do corpo, favorecendo a atividade; escuridão a reduz, sinalizando que é hora de dormir.
Se seguisse sua rotina normal, o corpo dos nadadores teria a temperatura em baixa entre 21h e 22h da noite, atrapalhando seu rendimento quando mais precisam. O resultado seria perda considerável de concentração e reflexo. Daí a necessidade dos horários estendidos e dos óculos nesta semana de aclimatação e treinamento da equipe em São Paulo – tudo para o organismo achar que ainda é dia claro e tirar partido de todo o seu potencial nas provas decisivas.

“Teoricamente, é possível treinar os atletas para estarem em seu melhor momento às 22h. Mas não podemos contar com experiências passadas, simplesmente porque nunca foi preciso”, diz Tiago Barbosa, professor de ciência do esporte da Universidade Tecnológica de Nanyang, de Cingapura. Além de driblar o relógio biológico para obter máximo desempenho, a preparação dos atletas para as provas noturnas também cuidou de obter sua recuperação pós-prova no menor tempo possível dentro das novas condições.
Para isso, monitorou por dois anos, através de pulseiras medidoras de condições físicas, as necessidades do organismo de cada nadador. Há os que precisam de mais horas de sono. Há os que não vivem sem cochilos. “Há os curtos dormidores, que com seis horas de sono estão bem dispostos, e os longo dormidores, que precisam de doze horas. Eles serão separados em grupos na Vila dos Atletas, para um não incomodar o outro com seus horários”, diz Marco Tulio de Mello, especialista em distúrbios do sono e coordenador do programa de adaptação ao horário das disputas.

A adequação aos horários das provas exige que os atletas durmam assim que voltarem para seus quartos, o que não será fácil. Eles estarão sob efeito da agitação das entregas de medalha, entrevistas e testes antidoping e da alta taxa de adrenalina e endorfina produzida pelo esforço. Um recurso que tem sido usado é uma luva gelada que remove o calor da palma da mão e, fazendo o frio circular pela corrente sanguínea, baixa também a temperatura do corpo todo, dando sensação de relaxamento. Vale tudo na adaptação dos peixes brasileiros a hábitos de morcego.
Fonte REVISTA VEJA Por Cecília Ritto









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