Gustavo
Grummy é expulso, mas sai como artilheiro do campeonato com 39 gols
Foto Equipe
de polo aquático no pódio. Foto: Lucas Dantas/Fiesp
Foi uma
partida quente, como se espera de uma decisão, com todos os ingredientes. Gols,
viradas, expulsões, pênaltis, discussões até sangue na água. E no final, o título
que premiou a melhor equipe e o melhor jogador. Na noite desta quarta-feira
(05/11), a equipe de polo aquático do Serviço Social da Indústria de São Paulo
(Sesi-SP) conquistou o bicampeonato paulista na piscina da Vila Leopoldina,
após vencer o Esporte Clube Pinheiros por 8×7 (1/0, 2/3, 2/3, 3/1) em jogo
bastante disputado e com muita rivalidade.
O time
da Vila começou bem e chegou a abrir 3-0, mas a experiência dos rivais pesou
para chegar ao empate e até virar. Sem Gustavo Grummy, expulso no segundo
quarto, o Sesi-SP contava com Tony Azevedo para vencer a defesa rival. Mas o
craque da seleção norte-americana não conseguia escapar da marcação, então
sobrou para os coadjuvantes Arthur e Herman a tarefa de manter o time na
disputa. No final, aí sim pesou o fator “Tony Azevedo” e o time pôde comemorar
o título, o segundo em apenas quatro anos de existência. Criado em 2010, o time
adulto também já chegou à final da Liga Nacional e mostra que o trabalho deu
frutos bem rápido e promete um futuro rico em taças.
O
técnico André Avallone se jogou na água com seus atletas após a partida e
elogiou a postura do time mesmo nos momentos mais críticos do jogo.
“O time
do Pinheiros é muito bom. Muito completo, com duas peças em cada posição. A
única maneira que a gente tinha era começar forte, aproveitar cada jogador
100%. Eles chegaram a abrir um gol, mas nunca mais do que isso. Soubemos
trabalhar e correr atrás. E no final a estrela do Tony falou mais alto e saímos
com a vitória”, disse Avallone, que resume os resultados alcançados pela equipe
da Vila Leopoldina de forma bem simples.
“Um dia
trabalha, no outro trabalha também e no terceiro tem mais trabalho. É assim”.
Foto Equipe
comemora a conquista do bicampeonato paulista. Foto: Lucas Dantas/Fiesp
Mesmo
com o título, o craque Tony Azevedo não estava com cara de bons amigos após a
partida por conta do corte profundo no rosto que lhe valeu cinco pontos, mas
também celebrou a forma como o time se comportou, superando na bola a maior
experiência dos rivais.
“A
gente começou bem, fizemos o nosso esquema como combinado e então eles
começaram a bater e passar para um jogo violento. O nosso time tem menos
experiência, mas conseguiu manter seu jogo e sair bem. O resultado ajuda muito
a gente, foi um título contra uma equipe com jogadores na seleção. Nosso time é
jovem, só perdeu uma partida esse ano e o resultado nos dá mais confiança para
jogar a Liga, que é o grande objetivo esse ano”.
O jogo
O
Sesi-SP começou o jogo muito bem, com gol de Arthur logo no início e depois
segurou o Pinheiros. Os dois goleiros, Marcelo Chagas, do Sesi-SP, e Vinícius
Antonelli, do Pinheiros, tiveram excelentes atuações, evitando mais gols na
etapa. Usando os 30 segundos de posse de bola, o Sesi-SP deixou o tempo passar
e administrou a etapa, mesmo com a vantagem mínima. No final do quarto, Tony
chegou a ampliar, mas a arbitragem marcou falta.
O que
faltou de gols no primeiro quarto, sobrou no segundo. Arthur e Grummy ampliaram
o placar para o Sesi-SP, mas o time deixou o Pinheiros jogar e os rivais
chegaram ao empate. Herman colocou o Sesi-SP na frente de novo, mas Marcelo
empatou faltando menos de um minuto para o término, de pênalti. No final do
quarto, Grummy se envolveu em confusão com Marcelo e ambos foram expulsos da
partida. Menos mal para o nº 11 que sacramentou a artilharia da competição com
39 gols, dois a mais que seu xará Gustavo Coutinho, do Paulistano.
Abalado
com a expulsão de Grummy no final do segundo quarto, o Sesi-SP se perdeu no
início da etapa e sofreu dois gols de Michael, demorando a se encontrar de novo
no jogo. Faltando apenas um minuto, Pedro diminuiu a diferença e colocou o time
da Vila Leopoldina de volta na final.
O
último quarto foi o mais tenso. Logo no início, Gabriel empatou para o Sesi-SP,
mas a alegria durou pouco. Emílio marcou mais um para o Pinheiros, que abusava
das paradas de bola e não deixava o time da casa jogar. Em uma delas, porém,
acabaram cometendo pênalti, que Henrique converteu e empatou o jogo. Aí foi a
hora da Fera aparecer.
Tony
Azevedo havia sido bem marcado o jogo inteiro, com poucas chances de arremessar
para o gol. Quando pegava na bola, a marcação era implacável e o craque não
conseguia se desvencilhar. Faltando dois minutos para o término do jogo, Tony
foi acertado no rosto por Emílio e teve que ir para a borda da piscina
sangrando. Se ele saísse para atendimento, não poderia retornar. Os médicos
fizeram uma bandagem em processo que paralisou a partida por quatro minutos,
sob protesto dos jogadores e comissão técnica do Pinheiros. Mas Tony voltou e
um minuto depois teve a chance que pediu o jogo todo.
Faltando
apenas 42 segundos para acabar, pênalti para o Sesi-SP e o seu melhor jogador
não fugiu da responsabilidade. Contra o goleiro do Pinheiros cujo apelido é Bin
Laden, o brasileiro naturalizado norte-americano arremessou sem chances de
defesa, colocou o time na frente e comemorou com raiva.
O
Pinheiros tinha a posse de bola e a chance de mais um ataque. Mas Tony voltou
para ajudar a defesa e roubou a bola, dando os 30 segundos finais para o
Sesi-SP. E ao invés de nadar para o gol e tentar o contra-ataque, Tony usou sua
experiência e foi para a lateral, onde gastou o tempo até o cronômetro zerar e
o time poder comemorar o bicampeonato.
por Lucas
Dantas, Agência Indusnet Fiesp
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