A menos
de quinze dias para a última seletiva olímpica brasileira, os 26 nadadores que
vieram à Assunção tornaram-se campeões do 43º Campeonato Sul-Americano de
Natação e mantiveram a hegemonia do Brasil na competição, realizada entre os
dias 30/03 a 03/04. O Brasil somou 449 pontos, na classificação geral. Na
segunda colocação ficou com a Argentina, 417, e a terceira com a Venezuela, com
287.50 pontos. Na última etapa da competição, disputada na noite deste domingo,
03/04, o Brasil garantiu mais cinco medalhas (1 – ouro; 3 – pratas; 1 bronze) e
chegou a marca de 41 medalhas no total, sendo 18 de ouro, 13 de Prata e 10 de
bronze.
A
equipe feminina do Brasil, com destacável desempenho na competição, também
conquistou o título da categoria, ao somar 229,50 pontos. Ainda entre as
mulheres, a Argentina ficou em segundo, com 220. A Colômbia, com 99 pontos,
terminou na terceira colocação.
- Independente
de adversários fortes, foi fundamental importância à busca pelo algo a mais, em
cada etapa. Manuella, Etiene e Joanna, assumiram um papel importante na equipe
e se apresentaram muito bem, nesta fase delicada, de final da preparação. Foi
importante ver que as meninas brasileiras estão se impondo e aproveitando as
oportunidades. O saldo do torneio é “super positivo” e nos deixa cada vez mais
confiantes para os resultados dos próximos meses – Analisou Fernando Vanzella,
coordenador técnico da seleção feminina do Brasil.
No
masculino, o Brasil também se sagrou campeão ao somar, 201.50 pontos. Na
segunda colocação ficou a Venezuela, com 184, seguida, seguida pela a
Argentina, com 165 pontos.
- O
time se comportou bem, mesmo encontrando um pouco mais de dificuldade, por essa
ser a seletiva olímpica para todos os adversários. Cumprimos o nosso papel.
Todos aqui queriam vencer e não perder a hegemonia, que já dura mais de trinta
anos. Foi uma conquista a ser ressaltada e ainda obtivemos com resultados
interessantes – comentou Alberto Silva, coordenador técnico da seleção
masculina do Brasil.
Os
prêmios “Señor de Sipan”, entregue aos atletas mais eficientes, foram para a
Venezuela, com Andreina Pinto, no feminino, e Carlos Claverie, no
masculino.
A noite
começou quente para as brasileiras e, com 59s11, Daynara de Paula conquistou o
tetracampeonato dos 100m borboleta, além de registrar a nova melhor marca da
prova. Daynara superou o tempo (59s79) de Gabriella Silva, feito em 2008. Com
esta vitória, o Brasil chega à marca de 20 anos sem deixar o ouro escapar,
nesta prova.
- Fiquei feliz com o meu resultado, mas, estou sempre lembrando que o objetivo principal está no Maria Lenk. Consegui fazer tudo que meu técnico pediu e saio da competição confiante. Agora tenho mais duas semanas para ver no que posso melhorar, fazer os reajustes e chegar bem nessa última seletiva – comentou Daynara de Paula.
- Fiquei feliz com o meu resultado, mas, estou sempre lembrando que o objetivo principal está no Maria Lenk. Consegui fazer tudo que meu técnico pediu e saio da competição confiante. Agora tenho mais duas semanas para ver no que posso melhorar, fazer os reajustes e chegar bem nessa última seletiva – comentou Daynara de Paula.
A
medalha de prata também ficou com o Brasil, com Daiene Dias, 59s33. Isabella
Paez, da Venezuela, 59s66, completou o pódio. No masculino, Leonardo de Deus
superou a marca feita na eliminatória e, com 54s38, terminou na sétima posição.
Nos
200m peito, foi por muito pouco que Pamela Alencar não conquistou um lugar no
pódio. Com 2m31s85, a nadadora terminou na quarta colocação. A vencedora, Julia
Sebastian, da Argentina, com 2s27s03, registrou novo recorde sul-americano, ao
bater o tempo da brasileira, Carolina Mussi (2m27s42), feito em 2009, período
em que o uso de trajes tecnológicos era permitido. Na disputa masculina o Brasil
voltou ao pódio com Henrique Barbosa, medalha de bronze, com 2m16s87.
Nos
800m livre, Bruna Primati, estreante na competição absoluta, terminou na quinta
colocação, com 8m48s59. A vitória ficou com Andreina Pinto, da Venezuela, com
8m32s31. Nos 1500m livre masculino o Brasil não teve representante. O
vencedor e novo recordista sul-americano, foi o equatoriano, Esteban Enderica,
com o tempo de 15m08s57.
O
Brasil ainda somou mais duas medalhas de prata, nas últimas provas do torneio,
os revezamentos 4x100m medley. Com Natalia de Luccas, Pamela Alencar,
Daynara de Paula e Manuella Lyrio, e o tempo 4m08s57, as brasileiras ficaram
atrás somente das argentinas, que com 4m07s43, registraram o novo recorde da
prova.
No
masculino, o Brasil também levou a prata, ao nadar o percurso em 3m39s17, com
Guilherme Guido, Henrique Barbosa, Leonardo de Deus e Pedro Spajari. Um dos
destaques do Brasil, Guilherme Guido, que já possui o índice para disputar os
100m costas, nos Jogos Olímpicos, abriu o revezamento para o Brasil, com o
tempo de “53s46”. Na primeira etapa Guido venceu a prova dos 100m costas, com o
tempo de 53s40, novo recorde.
- Achei
bem expressivos os tempos e, sem estar polido e raspado, é dar um passo adiante
rumo aos 52 (segundos), que é o que eu vou tentar no Maria Lenk. O saldo da
competição é muito positivo. Esperava nadar mais baixo de 54s, mas acabei
nadando duas vezes para “53 baixo” e isso só mostra que o trabalho está sendo
bem feito e estamos cada vez mais perto dos 52 segundos. – Guilherme Guido.
Para o
Alberto Silva, coordenador técnico da seleção masculina, além de Guilherme
Guido, o Brasil contou com bom desempenho de vários atletas mais novos no
cenário nacional.
-O
resultado do Guido foi muito expressivo, para este período. Ele está em uma
fase muito boa e acredito que ainda vai evoluir bastante, até os Jogos
Olímpicos. Ainda tivemos bons resultados como o do Fábio Santi, que quebrou o
recorde mais antigo, e de um ícone, como o Rogério Romero. Também vale
ressaltar a prova e a forma como o Icaro Pereira nadou os 200m medley,
conquistando o melhor tempo da vida e fechando muito bem.
O
Resultado além do placar: Em uma fase importante da preparação para a
última seletiva olímpica brasileira, para os Jogos Rio 2016, o Troféu Maria
Lenk (de 15 a 20 de Abril), os tempos feitos nesta competição são
bastante significativos para analise de desempenhos futuros, além das marcas
alcançadas.
- Por
ser seletiva, cada atleta usou a competição da melhor maneira possível, dentro
de seus planejamentos. Alguns já apresentaram bons tempos no papel,
enquanto outros optaram por maior número de oportunidade , de fazer tiros
fortes, mas a avaliação geral é positiva bem satisfatória - ainda comentou
Alberto Silva.
Uma das
características apresentadas por alguns nadadores brasileiros chamou a atenção
dos demais competidores. Como a grande maioria já está no ápice de seus
desempenhos e disputando a competição do semestre, a face mais coberta por
barbas, demonstra que a fase de sem pelos ainda está por vir, para alguns
atletas do Brasil, o que deve melhorar ainda mais os desempenhos.
- O clima dá competição foi ótimo e quanto mais vezes a gente encarar os desafios, como um grupo, à gente tende a ficar mais forte e um puxa o outro. Quando chegarmos às Olimpíadas, ninguém vai nadar sozinho. Vamos estar todos juntos, torcendo por todos e isso se constrói nas competições internacionais – Guilherme Guido.
- O clima dá competição foi ótimo e quanto mais vezes a gente encarar os desafios, como um grupo, à gente tende a ficar mais forte e um puxa o outro. Quando chegarmos às Olimpíadas, ninguém vai nadar sozinho. Vamos estar todos juntos, torcendo por todos e isso se constrói nas competições internacionais – Guilherme Guido.
No
feminino, entre os destaques da equipe estão Etiene Medeiros e Manuella Lyrio.
Juntas as brasileiras somaram sete medalhas, somente em provas
individuais.
- Essa foi uma excelente oportunidade das meninas se prepararem. Diferente do masculino, para elas é importante buscar competições para que se exponham mais, se testem mais e assim ganhem confiança para a seletiva. O resultado dos 4x200m, mesmo não sendo a formação olímpica ainda, foi expressivo pela, além da marca, a vontade com que a prova foi nadada.
- Foi um desafio estar iniciando a parte final de treino e vir competir, mas eu gosto dessa adrenalina. Estar aqui faz parte do crescimento físico e mental, importante neste período. Acredito que vou voltar para São Paulo mais forte e preparada para os desafios. A organização foi muito boa e isto ajudou na nossa escolha de vir competir. Estou muito feliz por estar aqui e satisfeita com os resultados – analisou Etiene Medeiros, que conquistou o ouro nas disputas dos 50m e 100m livre, 100m costas. Além da prata nos 50m costas.
- Essa foi uma excelente oportunidade das meninas se prepararem. Diferente do masculino, para elas é importante buscar competições para que se exponham mais, se testem mais e assim ganhem confiança para a seletiva. O resultado dos 4x200m, mesmo não sendo a formação olímpica ainda, foi expressivo pela, além da marca, a vontade com que a prova foi nadada.
- Foi um desafio estar iniciando a parte final de treino e vir competir, mas eu gosto dessa adrenalina. Estar aqui faz parte do crescimento físico e mental, importante neste período. Acredito que vou voltar para São Paulo mais forte e preparada para os desafios. A organização foi muito boa e isto ajudou na nossa escolha de vir competir. Estou muito feliz por estar aqui e satisfeita com os resultados – analisou Etiene Medeiros, que conquistou o ouro nas disputas dos 50m e 100m livre, 100m costas. Além da prata nos 50m costas.
Entre
os atletas brasileiros, os estreantes em Sul-americanos Absolutos, mostraram
que não se intimidam diante dos adversários e garantiram suas primeiras
medalhas da competição. Destaque para Brandonn Almeida, Luiz Altamir,
Bruna Primati, Ícaro Pereira , Giovanny Lima e Ana Giulia.
Vencedor dos 400m livre e dos 200m borboleta, Luiz Altamir, teve seu esforço reconhecido pelo chefe da seleção masculina. “O Altamir também nadou muito bem suas provas. Teve boas marcas para esta fase e apresentou uma atitude muito positiva e aguerrida, muito importante para o grupo” finalizou Alberto Silva.
Vencedor dos 400m livre e dos 200m borboleta, Luiz Altamir, teve seu esforço reconhecido pelo chefe da seleção masculina. “O Altamir também nadou muito bem suas provas. Teve boas marcas para esta fase e apresentou uma atitude muito positiva e aguerrida, muito importante para o grupo” finalizou Alberto Silva.
Assim
como visto em edições anteriores, o Brasil vem trazendo para as competições
sul-americanas absolutas, não mais a força máxima do país, em todas as
provas. Alberto Silva também comentou esta nova tendência brasileira. “A
fase agora é de começar a repensar a estratégia para esta competição, visando o
calendário principal da seleção. O Sul-americano continuará sendo uma
competição importante para a evolução dos atletas”.
Próxima
parada da Natação brasileira: Troféu Maria Lenk.
Delegação
Brasileira
Atletas:
Alan Vitória, Ana Giulia da Faria, Brandonn de Almeida, Bruna Primati, Daiene
Dias, Daynara de Paula, Etiene Medeiros, Fabio Santi, Gabriela Mello, Gabriela
Rocha, Giovanny Lima, Graciele Herrmann, Guilherme Guido, Henrique Barbosa,
Henrique Rodrigues, Icaro Pereira, Jessica de Bruin Cavalheiro, Joanna
Maranhão, Leonardo de Deus, Luiz Altamir Melo, Manuella Lyrio, Natalia de
Luccas, Nathália Almeida, Pamela Alencar Souza, Pedro Spajari e Raphael
Rodrigues
Equipe Multidisciplinar: Alberto Silva, Fernando Vanzella, André Luis Ferreira, Carlos Matheus – Treinadores. Médica: Karina Hatano. Fisioterapeuta: Rafael de Oliveira. Massoterapeuta: Vagner do Nascimento. Biomecânico: Manoel Moraes. Chefe de equipe: Carlos Camargo.
Resultados - 03/04
100m Borboleta Fem – 1) Daynara de Paula – Brasil – 59s11 – Recorde de Campeonato / 2) Daiene Dias – Brasil – 59s33 / 3) Isabella Paez – Venezuela – 59s66
100m Borboleta Masc – 1) Albert Subirats – Venezuela - 51s90 – RC / 2) Santiago Grassi – Argentina – 52s44 / 3) Marcos Barale – Argentina – 53s87 / 7) Leonardo de Deus – Brasil – 54s38/ 9) Henrique Rodrigues – 55s05 (eliminatórias)
200m Peito Fem – 1) Julia Sebastina – Argentina – 2m27s03 – Recorde Sul-Americano e RC / 2) Macarena Ceballos – Argentina – 2m30s08 / 3) Mercedes Toledo – Venezuela – 2m31s61 / 4) Pamela Alencar – 2m31s85 / 11) Ana Giulia Zortea – 2m48s00 (eliminatórias)
200m Peito Masc – 1) Carlos Claverie – Venezuela – 2m10s44 – RC / 2 ) Carlos Mahecha – Colômbia – 2m16s87 / 3) Henrique Barbosa – Brasil – 2m16s57
800m Livre Fem – 1) Andreina Pinto – Venezuela – 8m32s31 – RC / 2) Cecilia Biagioli – Argentina – 8m42s82 / 3) Samantha Arevalo – Equador – 8m47s20 / 4) Bruna Primati – Brasil – 8m48s59
1500m Livre Masc – 1) Esteban Enderica – Equador – 15m08s57 – RS e RC / 2) Martin Carrizo – Argentina – 15m16s67 / 3) Alejandro Gomes – Venezuela – 15m31s69
4X100m Medley Fem – 1) Argentina – 4m07s43 – RC / 2) Brasil – Natalia de Luccas, Pamela Alencar, Daynara de Paula e Manuella Lyrio – 4m08s57 / 3) Venezuela – 4m41s94
4X100m Medley Masc – 1) Venezuela – 3m36s88 / 2) Brasil – Guilherme Guido, Henrique Barbosa, Leonardo de Deus e Pedro Spajari – 3m39s17 / 3) Argentina – 3m40s41
Mariana de Sá
Equipe Multidisciplinar: Alberto Silva, Fernando Vanzella, André Luis Ferreira, Carlos Matheus – Treinadores. Médica: Karina Hatano. Fisioterapeuta: Rafael de Oliveira. Massoterapeuta: Vagner do Nascimento. Biomecânico: Manoel Moraes. Chefe de equipe: Carlos Camargo.
Resultados - 03/04
100m Borboleta Fem – 1) Daynara de Paula – Brasil – 59s11 – Recorde de Campeonato / 2) Daiene Dias – Brasil – 59s33 / 3) Isabella Paez – Venezuela – 59s66
100m Borboleta Masc – 1) Albert Subirats – Venezuela - 51s90 – RC / 2) Santiago Grassi – Argentina – 52s44 / 3) Marcos Barale – Argentina – 53s87 / 7) Leonardo de Deus – Brasil – 54s38/ 9) Henrique Rodrigues – 55s05 (eliminatórias)
200m Peito Fem – 1) Julia Sebastina – Argentina – 2m27s03 – Recorde Sul-Americano e RC / 2) Macarena Ceballos – Argentina – 2m30s08 / 3) Mercedes Toledo – Venezuela – 2m31s61 / 4) Pamela Alencar – 2m31s85 / 11) Ana Giulia Zortea – 2m48s00 (eliminatórias)
200m Peito Masc – 1) Carlos Claverie – Venezuela – 2m10s44 – RC / 2 ) Carlos Mahecha – Colômbia – 2m16s87 / 3) Henrique Barbosa – Brasil – 2m16s57
800m Livre Fem – 1) Andreina Pinto – Venezuela – 8m32s31 – RC / 2) Cecilia Biagioli – Argentina – 8m42s82 / 3) Samantha Arevalo – Equador – 8m47s20 / 4) Bruna Primati – Brasil – 8m48s59
1500m Livre Masc – 1) Esteban Enderica – Equador – 15m08s57 – RS e RC / 2) Martin Carrizo – Argentina – 15m16s67 / 3) Alejandro Gomes – Venezuela – 15m31s69
4X100m Medley Fem – 1) Argentina – 4m07s43 – RC / 2) Brasil – Natalia de Luccas, Pamela Alencar, Daynara de Paula e Manuella Lyrio – 4m08s57 / 3) Venezuela – 4m41s94
4X100m Medley Masc – 1) Venezuela – 3m36s88 / 2) Brasil – Guilherme Guido, Henrique Barbosa, Leonardo de Deus e Pedro Spajari – 3m39s17 / 3) Argentina – 3m40s41
Mariana de Sá
Fonte CBDA
Fotos:
Satiro Sodré / SSPress / CBDA
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