Cerimônia
do Comitê Olímpico Brasileiro homenageou destaques do esporte brasileiro em um
ano repleto de conquistas
Poliana
Okimoto e Jorge Zarif são os melhores do esporte olímpico brasileiro em 2013.
Após votação através de um colégio eleitoral e do público, via Internet, o
anúncio dos vencedores foi feito na cerimônia do Prêmio Brasil Olímpico,
organizada pelo Comitê Olímpico Brasileiro (COB) na noite desta terça-feira,
dia 17, no Teatro Bradesco, em São Paulo. Durante a cerimônia, o COB homenageou
os atletas que há 50 anos disputaram os Jogos Pan-americanos, em São Paulo.
“Hoje
comemoramos vários 50 anos. Os 50 anos dos Jogos Pan-americanos de São Paulo,
os 50 anos da Universíade de Porto Alegre e os 50 anos do bicampeonato mundial
de basquete do Brasil, além dos 30 anos da medalha de ouro do voleibol
brasileiro nos Jogos Pan-americanos. Nessa noite de festa homenageamos os
grandes atletas do país, nesse primeiro ano do ciclo olímpico, pois são eles
que escrevem a história e vão continuar recebendo o nosso apoio, o apoio do
Ministério do Esporte, das Confederações Brasileiras, dos seus técnicos, do
povo e da imprensa durante essa caminhada rumo ao Rio 2016”, declarou o
presidente do Comitê Olímpico Brasileiro, Carlos Arthur Nuzman, que lembrou ter
sido o último atleta a ser cortado da seleção brasileira de vôlei que disputou
os Jogos São Paulo 1963.
O ano
de 2013 foi marcante para Poliana Okimoto. Ela conquistou três medalhas no
Mundial da Fina, em Barcelona, em julho: foi ouro nos 10Km, prata nos 5Km e
bronze nos 5Km por equipes. Além disso, venceu as duas últimas etapas da Copa
do Mundo de Águas Abertas e ainda bateu o recorde sul-americanos nos 1.500m
livre, marca que permanecia há 12 anos. “Eu sabia que as duas concorrentes eram
muito boas e merecedoras. Sei da dedicação de cada uma. O atleta não tem uma
rotina fácil, a pressão das competições, e dos treinamentos. Agradeço a todo
mundo que votou em mim. Eu entrei nas redes sociais e pedi aos amigos e
familiares que me ajudassem, enfim, eu tinha que fazer um lobby. Sou
privilegiada de fazer aquilo que eu mais amo, que é nadar, e ter algum sucesso
nisso. Me sinto muito feliz com aquilo que eu faço”, completou Poliana.
Aos 20
anos, o jovem velejador Jorge Zarif fez “dobradinha” em 2013 ao unificar pela
primeira vez os títulos mundiais da classe Finn em duas categorias. O primeiro
triunfo aconteceu em julho, quando se tornou bicampeão mundial júnior em
Malcesine, na Itália. Em agosto, em Tallinn, na Estônia, conquistou a medalha
de ouro na categoria open do campeonato mundial da classe, após entrar na regata
final com 19 pontos de vantagem para o segundo colocado. De quebra, Jorginho
colocou fim a um jejum brasileiro que durava desde 1972. “Acho que não tenho
nada que reclamar desse ano. Só tenho que agradecer. Tudo que eu precisei
fazer, recebi apoio. Depois dos Jogos Olímpicos Londres 2012, recebi uma
ligação do Bruno Prada, que tinha acabado de sair da classe Star e me disse:
Jorginho, você foi 20º em Londres, a pior colocação entre os homens. Você quer
ser 20º de novo ou quer ganhar uma medalha? Ele me convidou para treinar com
ele, e eu aceitei na hora. Ali começou um projeto que se consolidou como muito
vitorioso. Me sinto privilegiado também de ter crescido na vela, olhando o
Torben e Scheidt competirem. Sempre tentei me espelhar muito neles. Se um dia eu
puder ganhar 10% do que eles já ganharam na vela, estarei muito feliz”,
encerrou Zarif.
Além de
Poliana e de Zarif, concorreram ao troféu de Melhor Atleta de 2013: Poliana
Okimoto (maratona aquática), Rafaela Silva (judô) e Yane Marques (pentatlo
moderno), entre as mulheres. No masculino, os concorrentes foram Arthur Zanetti
(ginástica artística), Cesar Cielo (natação) e Jorge Zarif (vela). Poliana e
Zarif receberam um prêmio de R$ 30 mil cada um, oferecido pelo Bradesco.
Além da
comunidade esportiva brasileira, atletas e ex-atletas, estiveram presentes à
cerimônia do Prêmio Brasil Olímpico, o Ministro do Esporte, Aldo Rebelo, e o
Secretário de Alto-Rendimento do Ministério do Esporte, Ricardo Leyser, e
presidentes das Confederações Brasileiras Olímpicas, entre outros.
Em um
ano marcado pelas 26 medalhas do Brasil em campeonatos mundiais ou competições
equivalentes (até agora), o COB celebrou as conquistas do esporte nacional na
15ª edição do Prêmio Brasil Olímpico. Além de premiar os melhores atletas do ano,
o COB homenageou o cinquentenário da primeira edição de Jogos Pan-americanos
organizada no Brasil: o Pan de São Paulo, em 1963. Mais de 90 ex-atletas que
conquistaram medalhas naquele evento estiveram presentes, entre eles Maria
Esther Bueno, maior tenista brasileira de todos os tempos, vencedora de 19
torneios Grand Slam; Thomaz Koch, primeiro tenista brasileiro a vencer um
torneio de Grand Slam, duplas mistas em Roland Garros, 1975; Amaury Passos,
bicampeão mundial basquete, 1959 e 1963; e Carlos Alberto Torres, capitão do
tricampeonato mundial de futebol, em 1970. “É uma grande honra. Me sinto uma
intrusa aqui, pois não pude participar dos Jogos Olímpicos, pois o tênis não
fazia parte do programa na minha época, mas estamos aqui celebrando 50 anos de
lutas no esporte. Quem sabe eu não consigo uma vaguinha em 2016”, brincou Maria
Esther Bueno, medalha de ouro em simples e prata nas duplas no Pan de São
Paulo.
Maior
medalhista da história olímpica brasileira ao lado de Robert Scheidt, o
velejador Torben Grael recebu o Troféu Adhemar Ferreira da Silva. O troféu é
dedicado a atletas que mantém o legado deixado por Adhemar, o primeiro
bicampeão olímpico do Brasil. Um dos atletas mais vitoriosos do esporte
nacional, Torben é detentor de cinco medalhas olímpicas: ouro em Atlanta 96 e
Atenas 2004, prata em Los Angeles 84, e bronze em Seul 88 e Sydney 2000.
Atualmente, aos 53 anos, Torben é o treinador-chefe da Seleção Olímpica de
Vela, cargo pelo qual foi contratado pelo COB.
“Gostaria
de agradecer à minha família, que me apoiou em toda minha carreira, desde o meu
avô que me iniciou no esporte me dando meu primeiro barco; meus tios, que foram
minha universidade na vela; meus pais, que me apoiaram muito; minha esposa
Andreia; e meus parceiros, Ronaldo Senff, Daniel Adler, Nelson Falcão e Marcelo
Ferreira. Eu tinha uma magoazinha de nunca ter recebido um prêmio de melhor
atleta brasileiro, mas essa mágoa agora se esvai completamente, pois o Adhemar
Ferreira da Silva foi como um farol na minha carreira”, declarou Torben, com
lágrimas nos olhos e sendo aplaudido de pé.
Pelo
segundo ano consecutivo o COB concedeu o troféu de Melhor Treinador do Ano a
Marcos Goto, da ginástica artística, na categoria modalidade individual, e a
José Roberto Guimarães, do voleibol, nos esportes coletivos.
Em
2013, Marcos Goto e seu pupilo, o campeão olímpico e agora mundial Arthur
Zanetti, um dos concorrentes ao Prêmio Brasil Olímpico de Melhor Atleta do Ano,
mantiveram o alto nível da temporada passada. Em outubro, na Antuérpia (BEL), o
ginasta brasileiro manteve a supremacia nas argolas e conquistou uma inédita
medalha de ouro para o Brasil no Campeonato Mundial. Com apenas 23 anos,
Zanetti segue firme rumo aos Jogos Olímpicos Rio 2016, sempre sob o olhar
atento do exigente Marcos Goto, há 15 anos responsável pela preparação do
ginasta.
Único
brasileiro tricampeão olímpico, José Roberto Guimarães também teve um 2013
perfeito à frente da Seleção Brasileira feminina de vôlei. Sob o seu comando, a
equipe nacional subiu ao lugar mais alto do pódio em todas as cinco competições
internacionais disputadas no ano. O ápice veio com o ouro na Copa dos Campeões,
evento que reuniu as melhores equipes de cada continente, em novembro, no
Japão. As atuais campeãs olímpicas ficaram ainda com os títulos dos torneios de
Montreux, Alassio, Grand Prix, e o Sul-Americano.
Os
melhores atletas dos Jogos Escolares da Juventude deste ano também foram
homenageados. Da etapa de 12 a 14 anos, realizada em Natal (RN), foram
escolhidos a piauiense Samia Lima, do badminton, e o paulista Vitor Bibiano, do
tênis de mesa. Já na etapa de 15 a 17 anos, realizada em Belém (PA), os
melhores do ano foram os cariocas Paula Hoffmann, do vôlei de praia, e Vitor
Hugo Santos, do atletismo.
A
votação – A escolha dos melhores atletas em cada modalidade (lista abaixo) e a
definição dos três indicados em cada categoria, masculina e feminina, que
concorreram ao Troféu Melhor Atleta do Ano foi realizada por um júri composto
por jornalistas, dirigentes, ex-atletas e personalidades do esporte. Esse voto
teve peso de 50% na eleição final para os melhores do ano, depois de serem
computados os votos do público pela Internet.
Os
melhores de 2013 em cada modalidade:
Atletismo
– Mauro Vinicius da Silva
Badminton – Lohaynny Vicente
Basquete – Tiago Splitter
Boxe – Robson Conceição
Canoagem Slalom – Ana Sátila
Canoagem Velocidade – Isaquias Queiroz
Ciclismo BMX – Renato Rezende
Ciclismo Estrada – Rafael Andriato
Ciclismo Mountain Bike – Henrique Avancini
Ciclismo Pista – Flavio Cipriano
Desportos na Neve – Isabel Clark
Desportos no Gelo – Isadora Williams
Esgrima – Gabriela Cecchini
Futebol – Neymar Junior
Ginástica Artística – Arthur Zanetti
Ginástica de Trampolim – Giovanna Matheus
Ginástica Rítmica – Angelica Kvieczynski
Golfe – Adilson da Silva
Handebol – Alexandra Nascimento
Hipismo Adestramento – Luíza Almeida
Hipismo CCE – Marcelo Tosi
Hipismo Saltos – Alvaro Affonso de Miranda Neto - Doda
Hóquei Sobre Grama – Matheus Borges Ferreira
Judô – Rafaela Silva
Levantamento de Peso – Fernando Reis
Lutas – Joice Silva
Maratona Aquática – Poliana Okimoto
Natação – Cesar Cielo
Natação Sincronizada – Lorena Molinos
Pentatlo Moderno – Yane Marques
Polo Aquático – Izabella Chiappini
Remo – Fabiana Beltrame
Rugby – Julia Sardá
Saltos Ornamentais – Cesar Castro
Taekwondo – Guilherme Dias
Tênis – Bruno Soares
Tênis de Mesa – Hugo Calderano
Tiro com Arco – Sarah Nikitin
Tiro Esportivo – Cassio Rippel
Triatlo – Pâmella Oliveira
Vela – Jorge Zarif
Vôlei de praia – Talita Antunes
Vôlei - Thaisa Daher
Os
vencedores das edições anteriores do Prêmio Brasil Olímpico:
1999 –
Maurren Maggi (atletismo) e Gustavo Kuerten (tênis)
2000 – Leila Barros (vôlei) e Gustavo Kuerten (tênis)
2001 – Daniele Hypolito (ginástica artística) e Robert Scheidt (vela)
2002 - Daniele Hypolito (ginástica artística) e Nalbert (vôlei)
2003 – Daiane dos Santos (ginástica artística) e Fernando Meligeni (tênis)
2004 - Daiane dos Santos (ginástica artística) e Vanderlei Cordeiro de Lima
(atletismo)
2005 – Natália Falavigna (taekwondo) e João Derly (judô)
2006 – Laís Souza (ginástica artística) e Giba (vôlei)
2007 – Jade Barbosa (ginástica artística) e Thiago Pereira (natação)
2008 – Maurren Maggi (atletismo) e Cesar Cielo (natação)
2009 – Sarah Menezes (judô) e Cesar Cielo (natação)
2010 – Fabiana Murer (atletismo) e Murilo Endres (vôlei)
2011 - Fabiana Murer (atletismo) e Cesar Cielo (natação)
2012 – Sheilla Castro (vôlei) e Arthur Zanetti (ginástica)
foto Crédito:
Wander Roberto/Inovafoto/COB
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FINAL - FEITO POR VOCÊ AMANTE DO ESPORTE
Caindo na Água
Tudo sobre natação, por Francismar Siviero e Vanessa siviero
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