José
Damião dos Santos recolheu nos últimos cinco dias 140 cachorros no Bairro
Americana em Alvorada. Em um ônibus os animais recebem água e ração
Foto: Diego Vara / Agencia RBS
Com a
casa alagada devido à cheia do Arroio Feijó, no Bairro Americana, em Alvorada,
o carregador da Ceasa José Damião dos Santos, 48 anos, passou os últimos cinco
dias recolhendo cachorros de rua e outros abandonados pelos donos durante a
enchente. Até a noite de segunda-feira, ele tinha 140 cães no seu ônibus antigo
da década de 1980.
Durante
a enchente, o veículo – que está sem bateria – precisou ser rebocado por
um jipe até a Rua Princesa Izabel, também no Bairro Americana, onde permanece
desde segunda-feira. Na manhã desta terça-feira, ainda havia 70 animais no
veículo. Todos recebem ração e água graças a doações.
— Onde
eu vi cachorro, eu recolhi e trouxe para o ônibus. Eles não tem outro
abrigo — conta ele, que cria 15 animais em casa.
Muitos
dos cães têm algum tipo de doença e precisam de vacinas. Apenas um dos animais
está castrado. Entre a cachorrada, de todas as raças, há oito filhotes. Assim
que deixar o local, ele espera conseguir encaminhá-los para doação. Ele
está aceitando ajuda. O contato com ele pode ser feito pelo telefone (51)
89540993.
José passou a noite de segunda para terça-feira no ônibus, quando chegou até a ser mordido por um cachorros. Durante o dia, não sai do veículo para evitar que eles briguem e se machuquem.
José passou a noite de segunda para terça-feira no ônibus, quando chegou até a ser mordido por um cachorros. Durante o dia, não sai do veículo para evitar que eles briguem e se machuquem.
Mesmo
concentrado em auxiliar os animais, está abalado por sua casa, localizada a uma
quadra do Arroio Feijó, estar entre as que foram totalmente invadidas pela
água. Em 30 anos que mora no Bairro Americana, conta que não se recorda de ter
visto enchente como esta.
Foto: Diego Vara / Agencia RBS
— Fiz minha casa mais alta para nunca ser alagada e eu nunca precisar sair dela _ conta ele, emocionado.
Enquanto José cuida da cachorrada, a esposa e os filhos que moram com ele estão provisoriamente na casa de parentes em Viamão.
— Fiz minha casa mais alta para nunca ser alagada e eu nunca precisar sair dela _ conta ele, emocionado.
Enquanto José cuida da cachorrada, a esposa e os filhos que moram com ele estão provisoriamente na casa de parentes em Viamão.
Fonte Jeniffer Gularte Diário Gaúcho – Porto Alegre
Foto: Diego Vara / Agencia RBS
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