Friday, July 17, 2015

BRANDONN É OURO COM MARCA MUNDIAL JUNIOR – JOANNA É BRONZE COM RECORDE BRASILEIRO DE 11 ANOS


Foto e texto : CBDA/Divulgação
Toronto/CAN - O dia foi de muita alegria mas também de tristeza. Começou com a quebra de uma marca brasileira de 11 anos por intermédio de Joanna Maranhão na final dos 400m medley, com 4m38s07, superando o tempo do 5º lugar nos Jogos de Atenas/2004 (4m40s00). De quebra Joanna herdou o bronze com a desclassificação da canadense vencedora. Mas vento que bate lá, bate cá. Na versão masculina da mesma prova, o que seria uma dupla dobradinha com Thiago na frente e Brandonn logo atrás, acabou com a desclassificação do Mr. Pan e a subida de um degrau do pódio do jovem Brandonn, que independente da colocação superou o recorde mundial junior por 50 centésimos. 
Brandonn já estava feliz com a medalha, fosse ela de qualquer cor. Afinal era sua primeira seleção adulta, mas com treino voltado para o Mundial de sua categoria, no mês que vem, em Cingapura. Mas ela veio com um 4m14s47, bem abaixo do 4m14s97 do americano Joseph Bentz no Mundial Junior de Dubai, em 2013. 
- Eu sabia que estava muito bem mas não imaginava fazer este tempo agora, pois não treinei para esta competição. Fiquei surpreso. Pena que o Thiago foi desclassificado, seria bom subir ao seu lado no pódio, pois assisti ele vencer esta prova em 2011 e agora estou ao seu lado. Mas é do esporte. Esta é a minha principal prova e me dá uma boa base pras provas de fundo como os 1500 que vou nadar aqui. Esta competição é a minha chance pra me firmar e ser mais conhecido - disse Brandonn, 18 anos. 
A arbitragem desclassificou Thiago alegando que na virada do peito para o último estilo, o livre, Thiago teria batido com apenas uma mão na placa. Algo parecido acontecera na prova anterior também com quem chegou na frente, a canadense Emily Overholt, mas por não ter batido com as duas mãos juntas. As duas comissões técnicas - Canadá na primeira prova e Brasil na segunda - fizeram um protesto oficial ao árbitro geral da prova. Ambos foram rejeitados. Então, os dois países entraram com um pedido para levar o caso ao Comitê de Apelação da Odepa (Organização Desportiva Pan-Americana), instituição que organiza os Jogos Pan-Americanos. Mas depois de muito tempo veio a decisão final, de que o caso nem iria para a instância superior e valia a decisão dos juízes. Com a perda da medalha de Thiago e o ganho com o pódio de Joanna, o Brasil trocou uma prata (que seria de Brandonn) por um bronze, o que caiu no colo da nadadora pernambucana. 
- É complicado pois quem decide é o olho humano. O mundo não acabou, todos somos passíveis de termos problemas. temos que ter muita calma. Acontece, é uma pena, mas faz parte do jogo. O prejuízo é físico, mas é muito mais emocional. E ele ainda nada na competição. Não acho que ele errou, conheço seu jeito de fazer a troca, é ato-reflexo, nem que ele queira, ele erraria. Ele faz isto há anos - disse Ricardo Moura, chefe da equipe brasileira. o 
Thiago estava num misto de tristeza com revolta. 
- Eu nunca colocaria uma só mão. Nunca fui desclassificado assim. Mas agora não tenho nada a fazer. Ainda tenho duas chances pro recorde (200m e 4x100m medley no sábado), mas lógico que é mais complicado porque não pode ter nenhum erro - disse Thiago sobre o fato de terem tirado o que seria sua 22ª medalha, o que o faria empatar com o cubano Érick López, da ginasta.
Joanna Maranhão não escondia a emoção da quebra de um tempo que ela tanto queria. 
- Pensei que seria um fardo que levaria pra toda a vida. Tudo faz sentido agora. Não interessa a colocação, poderia ser final B. Vocês não tem noção da batalha psicológica que foi isto. Difícil explicar. É muita coisa, 11 anos. Pensei em nunca mais nadar esta prova. Agora vou em busca do recorde sul-americano da Georgina Bardach (4m37s51). Este 4m38s07 me deixa muito melhor no ranking mundial. 


Foto Satiro Sodré

No fim do dia, o revezamento brasileiro feminino do 4x200m livre detonou o recorde sul-americano, que era da equipe do Pinheiros no último Troféu Maria Lenk, em abril. De 8m03s22 foi para 7m56s36 e garantiu a prata da prova, com Manuella Lyrio, Jéssica Cavalheiro, Joanna Maranhão e Larissa Oliveira.  Os Estados Unidos venceram a prova com novo recorde do Pan, 7m54s32.
- Nós lutamos pra vencer a prova, pra fazer nosso melhor e batemos o recorde sul-americano - disse Manu, o que foi confirmado por Jessica, "viemos pra ganhar mesmo". Já a mais experiente, Joanna, ressaltou o fato da importância de ter encarado o time dos EUA de igual pra igual, "não interessa se é A, B ou C, porque é uma equipe forte, tradicional, e nós quase vencemos elas, com uma campeã olímpica no grupo. Esta atitude será muito necessária no Mundial de Kazan e ano que vem nos Jogos Olímpicos". Larissa Oliveira, que fechou a prova, lembrou que "nada como um dia atrás do outro. Ontem não foi meu dia nos 200m livre e hoje mostrei que estou treinada e briguei até o final pela medalha de ouro". 
Com os resultados oficiais, o Brasil continua em segundo no quadro de medalhas da natação, mas agora atrás dos EUA, que têm 6 ouros, 5 pratas e 5 bronzes. O Brasil vem a seguir com 6-1-7 e o Canadá em terceiro, com 5-9-5. 


Foto 4x200m livre: Jéssica, Larissa, Joanna e Manu / foto: Satiro Sodré

Resultados das finais - 3ª etapa - 16/7
400m medley F = 1) Caitlin Leverenz - EUA - 4m35s46 (recorde do Pan) / 2) Sydney Pickrem - Canadá - 4m38s03 / 3) Joanna Maranhão - Brasil - 4m38s07 (recorde brasileiro) /  Final B  2)  Gabriele Roncatto - 4m53s49 (10ª geral). A canadense Emily Overholt foi desclassificada na final A, depois de vencer com 4m35s33.
400m medley M = 1) Brandonn Almeida - Brasil - 4m14s47 (recorde mundial junior) / 2) Luke Reilly - Canadá - 4m16s16 / 3) Max Williamson - EUA - 4m16s91. O brasileiro Thiago Pereira foi desclassificado após chegar em primeiro com o tempo de 4m14s08.
100m borboleta F =  1) Kelsi Worrell - EUA - 57s78 / 2) Noemie Thomas - Canadá / 3) Katerine Savard - Canadá - 58s05 / 4) Daynara de Paula - Brasil - 58s56 /  5) Daiene Dias - Brasil - 58s74
100m borboleta M = 1) Giles Smith - EUA - 52s04 / 2) Santiago Grassi - Argentina - 52s09 / 3) Santo Condorelli - Canadá - 52s42 / 7) Arthur Mendes - Brasil - 52s73
4x200m livre F = 1) EUA - 7m54s32 (recorde do Pan) /  2) Brasil (Manuella Lyrio, Jéssica Cavalheiro, Joanna Maranhão e Larissa Oliveira) - 7m56s36 (recorde sul-americano) / 3) Canadá - 7m59s36
PROGRAMAÇÃO - hora local (hora de Brasília)
Dia 17/07 – 6ª feira
10h (11h) – Eliminatórias – NATAÇÃO = 100 Costas F e M (Natalia de Luccas, Etiene Medeiros, Guilherme Guido e Thiago Pereira) / 400 Livre F e M (Carolina Bilich, Manuella Lyrio, Leo de Deus e Lucas Kanieski) / 100 Peito F e M (Jhennifer Conceição, Beatriz Travalon, Felipe França e Felipe Lima) / 50 Livre F e M (Graciele Herrmann, Etiene Medeiros, Bruno Fratus e Nicholas Santos)
19h (20h) – Finais - NATAÇÃO
Dia 18/07 – sábado
10h (11h) – Eliminatórias – NATAÇÃO = 800 Livre F (Carolina Bilich e Bruna Primati) / 200 Medley F e M (Joanna Maranhão, Gabriele Roncatto, Thiago Pereira e Henrique Rodrigues) / 1500 Livre M (Brandonn Almeida e Lucas Kanieski) / 4x100 Medley F e M
19h (20h) – Finais - NATAÇÃO
Souza Santos - direto de Toronto



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